Viagens de residentes atingem valor mais alto desde o início da pandemia

Os dados foram divulgados pelo INE, esta quinta-feira.

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Notícias ao Minuto com Lusa
27/01/2022 11:10 ‧ 27/01/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

Turismo

As viagens turísticas de residentes em Portugal e ao estrangeiro aumentaram 21,3% no terceiro trimestre de 2021, em termos homólogos, para o valor mais elevado desde o início da pandemia, mas continuam 11,1% abaixo de 2019, segundo o INE.

"No terceiro trimestre de 2021, os residentes em Portugal realizaram 7,7 milhões de viagens, o que correspondeu a um acréscimo de 21,3% face ao período homólogo (+83,9% no segundo trimestre de 2021), no entanto, ainda abaixo dos valores registados no mesmo trimestre de 2019 (-11,1%, período onde se realizaram 8,7 milhões de viagens)", avança hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Naquele período, foram realizadas 454,8 mil viagens com destino ao estrangeiro (+180,9% face ao terceiro trimestre de 2020; -57,2% quando comparado com o terceiro trimestre de 2019), correspondendo a 5,9% do total (12,3% no terceiro trimestre de 2019).

Já as viagens em território nacional cresceram 17,1% (-4,6% face ao terceiro trimestre de 2019) totalizando 7,3 milhões, o que correspondeu a 94,1% do total (-3,4 pontos percentuais face a 2020, mas +6,4 pontos percentuais face a igual período de 2019).

"Em ambos os casos os valores registados no terceiro trimestre de 2021 corresponderam aos mais elevados desde o início da pandemia", destaca o INE.

No período em análise, o "lazer, recreio ou férias" manteve-se como a principal motivação para viajar (5,4 milhões de viagens, +20,9% homólogos; -6,2% face ao terceiro trimestre de 2019), tendo a sua representatividade registado "um ligeiro decréscimo" em 0,2 pontos percentuais (para 69,8% do total).

Inversamente, a "visita a familiares ou amigos" reforçou a sua representatividade (25,0% do total, +0,6 pontos percentuais) e foi o segundo principal motivo das deslocações efetuadas (1,9 milhões de viagens, +24,4% homólogos; -16,2% face ao mesmo período de 2019).

As viagens por motivos "profissionais ou de negócios" (206,2 mil) aumentaram 20,2% (-40,8% face a 2019), não se tendo alterado a sua preponderância (2,7% do total).

Os "hotéis e similares" concentraram 29,3% das dormidas resultantes das viagens turísticas no terceiro trimestre de 2021, reforçando a sua representatividade (+4,3 pontos percentuais), mas o "alojamento particular gratuito" manteve-se como a principal opção (56,6% das dormidas, -4,4 pontos percentuais).

De acordo com os dados do INE, no processo de organização das deslocações, a Internet foi utilizada em 25,3% dos casos (+0,6 pontos percentuais), tendo este recurso sido opção em 65,4% (+4,8 pontos percentuais) das viagens para o estrangeiro e em 22,8% (-1,0 ponto percentual) das viagens em território nacional.

No terceiro trimestre, cada turista residente dormiu, em média, 8,24 noites nas viagens turísticas realizadas (-1,9% homólogos; 8,41 noites no terceiro trimestre 2020; 7,80 noites no terceiro trimestre de 2019).

A duração média mais elevada foi observada nas viagens realizadas em agosto (9,26 noites).

A proporção de residentes que realizou pelo menos uma deslocação turística no terceiro trimestre de 2021 foi 39,4%, refletindo um acréscimo de 6,6 pontos percentuais face ao mesmo período do ano anterior (42,3% no terceiro trimestre de 2019).

Neste trimestre, todos os meses registaram acréscimos homólogos em termos da percentagem de residentes que viajaram (+3,1, +3,4 e +3,1 pontos percentuais nos meses de julho, agosto e setembro, respetivamente).

Contudo, face ao terceiro trimestre de 2019, essas proporções ficaram ainda abaixo dos níveis desse período: -2,8 pontos percentuais em julho, -2,3 pontos percentuais em agosto e -1,1 pontos percentuais em setembro.

[Notícia atualizada às 11h42]

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