"À data de 27 de janeiro, o Metropolitano de Lisboa apresentava um total de 54 trabalhadores em isolamento/positivos [sem contabilizar trabalhadores que estejam em situação de teletrabalho]. Neste grupo incluem-se trabalhadores das áreas da manutenção, operações, comercial e técnica, áreas cujas funções não são compatíveis com a possibilidade de teletrabalho. No caso específico dos maquinistas, existem cerca de 12% do total de maquinistas em situações de baixa ou em isolamento", refere o Metropolitano de Lisboa, numa resposta escrita enviada à Lusa.
Segundo a empresa, embora esta situação provoque "constrangimentos ao nível da normal oferta de serviço", "não se verificam constrangimentos de maior" já que se tem tentado "diluir os efeitos" por toda a rede, tendo em especial atenção as horas de ponta.
"Contudo, [a empresa] não consegue evitar que exista supressão de alguns comboios, situação que causa alguns atrasos no serviço de exploração e tempos de espera maiores do que o habitual", admite o Metropolitano de Lisboa.
A empresa explica ainda que, face às especificidades das funções, no caso dos trabalhadores das áreas da manutenção, operações e técnica "nem sempre é possível" recorrer à sua "substituição temporária".
O Metropolitano de Lisboa adianta também que tem gerido as ausências com "recurso às reservas existentes, à adaptação de escalas, ao trabalho suplementar e ao aumento do recurso aos vigilantes nas estações".
"Neste sentido, foram criados cenários de oferta de serviço de acordo com a perspetiva de evolução pandémica que poderão ser acionados a qualquer momento", lê-se ainda na nota da empresa.
A covid-19 provocou mais de 5,63 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.788 pessoas e foram contabilizados 2.507.357 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
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