Douro. Plataforma vai gerir impacto das alterações climáticas na vinha

Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciências (INESC TEC), no Porto, desenvolveram uma plataforma para apoiar a gestão e monitorização do impacto das alterações climáticas na vinha da região do Douro, foi hoje anunciado.

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Lusa
21/02/2022 10:40 ‧ 21/02/2022 por Lusa

Economia

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Em comunicado, o instituto do Porto afirma que a nova plataforma, intitulada INFRAVINI, permite "contribuir para minimizar os custos e riscos de produção".

Desenvolvida no âmbito do projeto INFRAVINI, a Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) de apoio à gestão e monitorização das alterações climáticas na vinha está disponível 'online' para a Região Demarcada do Douro.

"A adaptação às alterações climáticas é um dos maiores desafios para o setor vitivinícola, quer numa perspetiva de dimensão temporal, quer espacial", salienta o instituto, dando como exemplo o aumento das temperaturas, as vagas de calor associadas a ventos fortes, as chuvas intensas e os períodos de seca.

Nesse sentido, a plataforma disponibiliza dados geoespaciais "relevantes" sobre as alterações climáticas, inclui indicadores climáticos e agronómicos e permite o cruzamento da informação sensorial local e climática previsional.

"A solução dispõe ainda de um observatório que monitoriza o impacto da variabilidade meteorológica, com integração de redes de sensores existentes na Região Demarcada do Douro", acrescenta o INESC TEC.

Citado no comunicado, Lino Oliveira, investigador do instituto do Porto, salienta que espacialmente é "fundamental decidir sobre as adaptações especificas baseadas em cada local".

"Temporalmente, as estratégias e políticas de adaptação têm que lidar com impactos potenciais a curto e longo prazo", acrescenta.

Além do INESC TEC, o projeto integrou ainda a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a GEODOURO e a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID).

O projeto de investigação e desenvolvimento tecnológico foi financiado pelo programa Portugal 2020.

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