Este aumento, que reflete a subida das tensões na Ucrânia, significa que o petróleo está ao mais alto nível desde 2014.
O ouro negro está a subir devido aos receios dos mercados de que a crise entre a Rússia e a Ucrânia possa perturbar o abastecimento de petróleo.
A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo depois da Arábia Saudita, mas também o maior produtor de gás natural.
A crise agravou-se depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter reconhecido a independência das autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Luhansk na Ucrânia oriental e ordenado um destacamento militar para estes territórios, que provocou a rejeição internacional.
Nos EUA, o petróleo WTI (West Texas Intermediate), que não foi negociado na segunda-feira devido ao feriado nacional dos EUA do Dia do Presidente, aumentou hoje mais de 3% antes da abertura oficial do mercado.
Analistas consultados pela Lusa anteciparam em 14 de fevereiro que o preço do barril de petróleo Brent pudesse ultrapassar a barreira dos 100 dólares a curto prazo.
"De facto, existe a possibilidade de o petróleo vir a atingir três dígitos, se o conflito entre a Rússia-Ucrânia se intensificar nos próximos dias e se não surgirem novos desenvolvimentos em torno das negociações", disse o analista Henrique Tomé, da corretora XTB, em declarações à Lusa.
Ricardo Marques, analista da IMF - Informação de Mercados Financeiros, explicava que, aliado à tensão entre a Ucrânia e a Rússia, a OPEP e os seus aliados estarem a produzir abaixo do estabelecido nas últimas reuniões, a produção dos EUA continuar "muito abaixo dos níveis a que se produzia antes da pandemia" e o consumo de combustíveis ter vindo "a subir à medida que as restrições associadas à pandemia vão sendo levantadas", tem influenciado o aumento dos preços.
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