Assim, a entidade indicou hoje que manteve as notações de Baa2 da IP no que diz respeito às obrigações seniores garantidas pelo Governo e ao programa de European Medium Term Notes (EMTN -- emissão de obrigações a médio prazo) de três mil milhões de euros.
A Moody´s recordou que estes títulos beneficiam da garantia "incondicional e irrevogável" do Governo português, acrescentando que mantém um 'outlook' estável para a empresa.
No mesmo comunicado, a agência recordou que a IP reembolsou na totalidade um total de 500 milhões de euros em obrigações que era o último que ainda detinha em instrumentos de dívida não garantidos pelo Governo.
No caso do programa de EMTN, a manutenção do 'rating' reflete o apoio do Estado e segue-se à melhoria da notação da dívida soberana do Governo de Portugal para Baa2, com 'outlook' estável, a 17 de setembro de 2021.
Nesse dia, a agência de 'rating' norte-americana subiu a notação da dívida portuguesa de Baa3 para Baa2, com perspetiva estável, apontando a expectativa de melhoria do crescimento da economia no longo prazo.
Num comunicado, a Moody's assinalou os fatores que levaram a esta subida do 'rating' da dívida soberana de longo prazo, destacando, além das perspetivas de crescimento, a confiança de que a dívida pública "vai reduzir-se nos próximos anos" devido "a um crescimento económico mais forte" e à maior eficácia das medidas orçamentais.
A classificação atribuída a Portugal (Baa2) é a mais elevada desde 2011.
O 'rating' é uma classificação atribuída pelas agências de notação financeira que avalia o risco de crédito (capacidade de pagar a dívida) de um emissor, que pode ser um país ou uma empresa.
A IP resulta da fusão entre a REFER - Rede Ferroviária Nacional e a EP - Estradas de Portugal, empresas destinadas a gerir e administrar as infraestruturas ferroviárias e rodoviárias em Portugal, respetivamente.