Resposta às sanções. Banco central russo aumenta taxa diretora para 20%

O banco central da Rússia aumentou a taxa diretora em 10,5 pontos para 20% em resposta às sanções económicas impostas pelo Ocidente para punir Moscovo pela invasão da Ucrânia, anunciou hoje a instituição.

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Lusa
28/02/2022 07:55 ‧ 28/02/2022 por Lusa

Economia

Ucrânia

 

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"O conselho de administração do Banco da Rússia decidiu elevar a taxa diretora para 20% por ano", acrescentou, citado pelas agências de notícias russas.

O banco tomou ainda várias medidas para assegurar a liquidez dos bancos do país afetados pelas sanções ocidentais, incluindo a libertação de reservas de capital acumuladas no valor de 733 mil milhões de rublos (6,2 mil milhões de euros) para empréstimos ao consumo e hipotecários.

Além disso, concedeu aos bancos sancionados a capacidade de tomar uma decisão sobre a não deterioração da avaliação da situação financeira dos clientes quando criam reservas para perdas, se a situação financeira do mutuário piorar após 18 de fevereiro e se for devido ao efeito das sanções.

O banco central russo recomendou "a reestruturação da dívida, e não a imposição de sanções e multas, se a situação financeira dos mutuários se deteriorar após 18 de fevereiro como resultado de sanções".

O Banco da Rússia está também a introduzir uma proibição temporária de corretores que executem transações de venda de títulos em nome de não residentes a partir de hoje.

Estas medidas surgiram depois de os Estados Unidos, UE e outros parceiros terem sancionado vários bancos face à guerra da Rússia na Ucrânia e decidido, numa segunda fase, excluir alguns bancos russos do sistema internacional de comunicações interbancárias SWIFT.

Os bancos excluídos deste sistema de pagamento interbancário estarão entre os anteriormente sancionados pela UE, incluindo Sberbank, Vneshtorgbank (VTB), Gazprombank, Russian Agricultural Bank e Vnecheconombank (VEB), Alfa Bank e Bank Otkritie.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: Kiev diz que Moscovo diminuiu "ritmo da ofensiva"

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