Subida do preço do pão "inevitável" e algumas empresas podem sucumbir

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia e o consequente aumento do valor dos cereais torna "inevitável" a subida do preço final do pão e, face ao aumento dos custos, algumas empresas podem sucumbir, alertou a ACIP.

Notícia

© Shutterstock

Lusa
07/03/2022 17:08 ‧ 07/03/2022 por Lusa

Economia

ACIP

 

"A subida do preço do pão é inevitável e evoluirá em linha com a flutuação dos preços dos cereais", indicou, em resposta à Lusa, o presidente do Conselho Fiscal da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), Helder Pires.

De acordo com a associação, já estão a verificar-se consequências ao nível da procura e alguns sinais de escassez de cereais, sendo que, no limite, "poderá questionar-se se se conseguirá garantir o abastecimento de cereais e, por extensão, de pão".

Perante a subida dos custos, como o preço das farinhas, combustíveis e energia, agravada com a guerra da Ucrânia, "acentuando-se este cenário, h

Leia Também: Preço do pão deverá subir este ano impulsionado pelos custos de produção

o", avisou a ACIP.

Na quinta-feira, os preços do trigo e do milho subiram mais de 20 euros nos mercados europeus, com a invasão da Ucrânia pela Rússia a impedir Kiev de exportar os grãos de cereais.

A moagem de trigo e milho registou uma nova alta de preços no mercado europeu, encerrando nos 381,75 euros e 379 euros por tonelada nos prazos de março, respetivamente.

O índice mundial de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) subiu 24,1% em fevereiro, face ao ano anterior, e atingiu um recorde de 140,7 pontos, foi anunciado.

Já em comparação com janeiro, o índice progrediu 3,9%.

Por sua vez, o índice de preços de cereais cresceu 3% em comparação com janeiro, devido o aumento nas cotações dos grãos.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas