Alteração fiscal reduz receita e é preciso atuar "com cautela"

O ministro das Infraestruturas reconheceu hoje que o aumento do preço dos combustíveis tem "consequências severas", notando que o Governo tem que atuar "com cautela", porque a alteração da estrutura fiscal reduz as receitas necessárias para outros fins.

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Lusa
10/03/2022 18:38 ‧ 10/03/2022 por Lusa

Economia

Crise/Energia

"Vamos ter que acompanhar com serenidade. Este impacto nos preços tem consequências muito severas na vida de todos nós. O Governo português entende bem as dificuldades que os portugueses e as empresas vão enfrentando", afirmou Pedro Nuno Santos, que falava aos jornalistas à margem da assinatura do protocolo entre a Associação de Portos de Portugal (APP) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários do Brasil (ANTAQ), em Lisboa.

O governante lembrou que a alteração da estrutura fiscal tem sempre como consequência a redução das receitas, necessárias para outros fins.

O titular da pasta das Infraestruturas e da Habitação referiu ainda que o aumento do preço dos combustíveis pode estimular a procura pelos transportes públicos, o que considerou não deixar de ser positivo.

Neste sentido, garantiu que o executivo está a fazer um investimento no aumento nas redes, bem como na compra e recuperação de material circulante.

Ainda no âmbito dos transportes públicos, o ministro lembrou que este setor não pode repercutir o aumento dos custos nos passageiros, por isso, são necessárias "respostas diferentes".

Já no que se refere ao transporte de mercadorias, que pondera ações de protesto por apoios que mitiguem o impacto da escalada dos preços, Pedro Nuno Santos vincou que o executivo está em contacto com as associações que representam setor.

"Os bloqueios não resolvem nada, porque não há má vontade do Governo [...]. Nós vamos fazer o que está ao nosso alcance. Não podemos fazer o impossível. Há um problema externo a Portugal, que não é facilmente resolvido, pelo menos na sua plenitude, no nosso país", concluiu.

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