"Não há, à data, qualquer motivo que faça antever" escassez de alimentos
O Ministério da Agricultura esclareceu esta sexta-feira que, neste momento, "não há" qualquer motivo que faça antever escassez de alimentos. Relativamente aos preços dos alimentos, "verifica-se uma tendência de aumento".
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O Ministério da Agricultura esclareceu esta sexta-feira que, neste momento, "não há" qualquer motivo que faça antever escassez de alimentos, perante as notícias que dão conta que os produtores já admitem um racionamento de alimentos.
"Não há, à data, qualquer motivo que faça antever a possibilidade de escassez de alimentos", diz a tutela em comunicado enviado às redações.
Relativamente aos preços dos alimentos, "verifica-se uma tendência de aumento em toda a União Europeia, devido aos elevados custos das matérias primas, fertilizantes e energia. Esta tendência poderá ser agravada pelo atual conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia", adianta o Executivo.
O Ministério da Agricultura assegura ainda que "está, em conjunto com as outras áreas governativas, a realizar a monitorização e acompanhamento permanente relativamente ao abastecimento alimentar nacional".
A guerra na Ucrânia está a ter impacto na cadeia de abastecimento e, por cá, os produtores nacionais já admitem o racionamento de alimentos, com previsões de aumentos de 20% a 30% nos preços nos próximos dias.
"Estamos numa situação de emergência alimentar como não me lembro de se ter vivido", disse Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP, ao Expresso. "O stock de alguns produtos, como a farinha para massas, é tão reduzido que daqui a um ou dois meses podemos ter de fazer racionamentos como aconteceu nos anos 70", acrescentou.
O Jornal de Notícias dá ainda conta, esta sexta-feira, que grandes superfícies comerciais já racionam venda de óleo de girassol.
O Executivo reforça que "quer a nível nacional, quer a nível europeu, estão já em funcionamento grupos de monitorização da situação de abastecimento alimentar, entre os Estados-membros e as Associações representativas da produção, indústria e comercialização, de modo a avaliar e solucionar eventuais constrangimentos nas cadeias de abastecimento".
[Notícia atualizada às 13h30]
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