Cidadãos russos em Portugal não podem realizar certas operações bancárias

As sanções impostas à Rússia levaram a que vários cidadãos russos, residentes em Portugal, com cartões Visa e Mastercard, emitidos pelos bancos russos, estejam impossibilitados de realizar algumas operações, pelo menos, há uma semana, disse o ativista Pavel Elizarov.

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Lusa
18/03/2022 20:05 ‧ 18/03/2022 por Lusa

Economia

Guerra na Ucrânia

"Tenho conhecimento de algumas pessoas que têm cartões Visa ou Mastercard, que foram emitidos pelos bancos russos e que não estão a funcionar devido às sanções impostas", indicou Pavel Elizarov, em declarações à Lusa.

Segundo o ativista, esta situação decorre, pelo menos, há uma semana, e não havendo previsão para a sua resolução, tendo em conta que é resultado das sanções impostas à Rússia pela invasão à Ucrânia. Antes do bloqueio das operações, os bancos em causa enviaram uma mensagem aos seus clientes a informar a data a partir da qual se iriam verificar os constrangimentos.

Para tentar contornar esta situação, os russos optaram por fazer transferências entre bancos, mas, muitas delas, acabaram por não se realizar.

"Ficaram perdidas. O dinheiro não ia nem para um lado nem para o outro e acho que agora esta situação está ainda mais difícil", referiu Elizarov, ressalvando que, mais tarde, alguns clientes receberam os montantes em causa.

A Lusa contactou o Banco de Portugal (BdP) e a Associação Portuguesa de Bancos (APB) sobre este tema, aguardando resposta.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 816 mortos e 1.333 feridos entre a população civil, incluindo mais de 130 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,2 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: AO MINUTO: 10 milhões de ucranianos deslocados; Biden adverte China

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