De acordo com informação da agência que regula o setor em Cabo Verde, em fevereiro foi registado um movimento global de 28.324 passageiros em voos domésticos, em embarques e desembarques, nos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos do país. Como cada passageiro é contado no embarque e no desembarque (aeroportos diferentes), trata-se de um movimento equivalente a 14.162 passageiros em voos domésticos.
Este movimento compara com os cerca de 7.140 passageiros em fevereiro de 2021 - praticamente metade do verificado em fevereiro deste ano -, período ainda afetado pelas restrições impostas devido à pandemia, e com os cerca de 15.400 em janeiro, o mês anterior.
Estes voos eram operados desde 17 de maio de 2021 apenas pela angolana BestFly, em regime de concessão emergencial de seis meses atribuída pelo Governo cabo-verdiano. A partir de 24 de outubro, a BestFly passou a operar apenas com a Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV, companhia que adquiriu em julho), terminando o regime de concessão emergencial.
Desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020, o movimento mensal mais elevado registou-se em agosto passado, com 18.233 passageiros transportados nas ligações domésticas, semelhante ao movimento verificado em dezembro.
Apesar de continuar a evidenciar a recuperação do movimento aéreo - e da procura turística -, o total de passageiros transportados em fevereiro passado (14.162) está ainda longe dos 28.425 transportados no mesmo mês de 2020, antes dos efeitos da covid-19.
O movimento de fevereiro de 2022 contabilizou ainda 616 voos domésticos, contra os 360 no mesmo mês de 2021 e os 1.084 em fevereiro de 2020.
Este movimento compara também com a ausência de ligações domésticas comerciais de abril até 15 de julho de 2020, medida adotada pelo Governo de Cabo Verde para travar a transmissão inicial da covid-19 no arquipélago.
Em março de 2020, último mês antes das restrições e dos efeitos económicos da pandemia, então apenas com a TICV a operar, foram transportados cerca de 19.900 passageiros (total de 39.807 movimentos) em voos domésticos.
O grupo angolano BestFly comprou 70% do capital social da TICV aos espanhóis da Binter, ficando os restantes 30% com o Estado cabo-verdiano, e concentrou as ligações aéreas domésticas apenas na TICV, que não operava voos comerciais desde 16 de maio.
Em 2020, os voos domésticos em Cabo Verde, operados então apenas pela TICV, movimentaram cerca de 125 mil passageiros, menos 286 mil (-230%) face ao ano anterior, face às restrições impostas pela pandemia de covid-19.
Em 2021, o movimento nos voos internos subiu para 143.876 passageiros.
Em 2017, os passageiros das ligações aéreas domésticas em Cabo Verde atingiram o recorde de quase 465 mil (movimento total de 929.595 embarques e desembarques), com mais de 10.200 voos.
Leia Também: FMI prevê inflação em Cabo Verde em nível "historicamente" elevado
Lusa/Fim