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Associação pede ao Governo suspensão de importações de gás da Rússia

A organização ambientalista Zero anunciou hoje que enviou uma carta ao primeiro-ministro a pedir a suspensão da importação de gás natural e produtos petrolíferos com origem na Rússia, enquanto este país não retirar as suas tropas da Ucrânia.

Associação pede ao Governo suspensão de importações de gás da Rússia
Notícias ao Minuto

13:21 - 27/03/22 por Lusa

Economia Ucrânia/Rússia

De acordo com uma nota de imprensa da Zero, a organização enviou a carta a António Costa a apelar ao Governo para que impeça a importação de gás natural e produtos petrolíferos a partir da Rússia enquanto durar a invasão da Ucrânia, porque "tem vindo a acompanhar, com extrema preocupação e consternação, a trágica situação que se tem vivido" naquele país e considera que a suspensão das importações "pode ajudar a acabar com a guerra na Ucrânia".

"Sabendo-se que o financiamento desta guerra está intimamente ligado às receitas provenientes da exportação de produtos petrolíferos por parte da Rússia, nomeadamente para Portugal, consideramos ser fundamental que o nosso país tome a atitude que se impõe, que é a suspensão o mais brevemente possível dessas importações", defenderam os ambientalistas.

Lembrando que em 2021 Portugal importou mais de 1,5 mil milhões de euros de combustíveis fósseis da Rússia, a Zero considerou inaceitável Portugal ter agravado a sua dependência do gás natural russo.

"No caso do gás natural e ao contrário do que seria recomendável, Portugal tem vindo a aumentar o consumo deste produto com origem na Rússia, sendo que em 2018 essa importação era inexistente, tendo passado a 3,2% do total do gás natural importado em 2019, aumentando para 8% em 2020 e chegando a 14,6% em 2021", salientou.

Para a ZERO, o crescimento da importação de gás natural a partir da Rússia "não é aceitável, face ao belicismo que tem vindo a caracterizar a política externa daquele país, ao arrepio do direito internacional".

"Para além do gás natural, também outros produtos petrolíferos continuam a ser importados por Portugal a partir da Federação da Rússia, já mesmo depois de ter sido iniciada a invasão da Ucrânia, o que consideramos lamentável", disse a organização ambientalista na mesma nota de imprensa.

A Zero defendeu, por isso, que "o discurso dos poderes públicos de solidariedade para com a Ucrânia tem de ser concretizado através de ações consequentes", nomeadamente através da suspensão da importação de produtos petrolíferos.

Segundo a Zero, a crise provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia "vem, pelos piores motivos, confirmar a urgência de Portugal adotar políticas energéticas sustentáveis através de fortes investimentos na eficiência energética e nas energias renováveis".

Leia Também: Papa volta a condenar guerra e pede que se procure "seriamente" a paz

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