De acordo com o Programa de Estabilidade 2022-2026, enviado pelo Ministério das Finanças à Assembleia da República na sexta-feira, mas só hoje conhecido, o executivo estima uma aceleração da taxa de inflação de 1,3% em 2021 para 2,9% em 2022, o que compara com os 0,9% previstos na proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), chumbada em outubro.
A evolução para este ano deverá resultar sobretudo de uma inflação superior a 4% no primeiro semestre deste ano, desacelerando para uma taxa abaixo de 2% no segundo semestre.
"Assume-se ainda que o diferencial do IHPC entre Portugal e a zona euro continua positivo, em linha com o verificado em 2021 e nos primeiros meses de 2022", refere o documento.
O executivo prevê uma redução da taxa de inflação em 2023 e nos anos subsequentes até 2026, para 1,7%.
O PE antecipa ainda que o défice orçamental caia dos 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) registado em 2021 para 1,9% do PIB este ano, uma revisão em baixa face aos 3,2%, previstos na proposta do OE2022.
Estima ainda que a trajetória de redução do défice continue, caindo para 0,7% do PIB em 2023 e para 0,3% do PIB em 2024.
Para 2025, antecipa um cenário de equilíbrio das contas públicas (0,0%), antes de atingir um excedente orçamental de 0,1% em 2026, o que, a verificar-se, será o segundo a registar-se neste período democrático, depois de em 2019 Portugal ter fechado o ano sem défice nas contas públicas.
No que toca ao rácio da dívida pública, prevê que caia para 120,8% do PIB este ano, antes de se reduzir para 115,4% em 2023, fixando-se abaixo do registado em 2019 (116,6%).
O Governo prevê ainda uma redução para 110,1% em 2024 e para 106,0% em 2025, antes de atingir 101,9% em 2026.
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