"Temos de reforçar a comunicação da nossa presença em Portugal" para contratar mais pessoas, afirmou Charles Huguet, num encontro com jornalistas, em Lisboa.
A Airbus pretende contratar este ano 300 pessoas no mercado português para expandir as operações em Lisboa, onde tem o seu Global Business Services (GBS) Center em 2021.
"Graças às 170 pessoas" que a subsidiária portuguesa atualmente tem, começou ser a conhecido o facto de a empresa estar "aqui", mas, acrescenta o responsável, a empresa quer "formalmente comunicar" para atrair as pessoas.
O responsável disse que tem falado com o AED Cluster Portugal (cluster português para as indústrias de aeronáutica, espaço e defesa) porque a empresa "quer crescer em Portugal" e quer ser "parte desta rede que existe em Portugal e está bem estruturada" e organizada.
"Reunimo-nos com eles várias vezes e estamos agora a fazer parte oficialmente desta rede feita de fornecedores" componentes de aviação e aeroespaciais, acrescentou Charles Huguet.
Além disso, "temos uma muito boa colaboração com as autoridades [portuguesas]", disse, salientando que o primeiro contacto foi com a AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, que considerou que está a fazer "um excelente trabalho" para acolher empresas estrangeiras em Portugal e ajudar a "tomar as decisões certas".
Charles Huguet salientou ainda que a Airbus GBS está a trabalhar com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para formar recursos, tal como com o Politécnico de Setúbal, "construindo formação específica" para aumentar a capacidade do mercado.
"Podemos esperar que o mercado venha até nós ou criar os nossos próprios talentos e é isso que estamos a fazer com o IEFP", salientou.
O centro Global Business Services serve a Airbus US e e Airbus Canada e vai servir para todo o grupo.
"O que pode acontecer é Lisboa ser o 'hub' principal e abrirmos vários escritórios satélites" em Portugal, porque "vamos onde os talentos estão", acrescentou o diretor-geral da Airbus GBS.
Se em termos de fornecimento de talentos, Lisboa não for suficiente, a Airbus irá a outras zonas do país: "Temos duas opções, ou pedimos às pessoas do Porto ou do Algarve para trabalhar a partir de casa, ou ter escritórios satélites mais pequenos em cidades médias como Braga ou Coimbra, onde as universidades e as escolas são boas", acrescentou.
No entanto, Lisboa será sempre o 'hub' principal "servindo a Airbus a nível mundial", salientou o diretor-geral.
As novas instalações do centro, próximas das atuais, estarão prontas depois do verão, esperando-se que seja inaugurada em outubro, de acordo com o diretor-geral da Airbus GBS, que assumiu o cargo há oito meses.
Relativamente a investimentos, Charles Huguet não avançou números.
Atualmente, a subsidiária portuguesa conta com 21 nacionalidades na sua equipa.
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