O instituto responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro detetou um recuo 0,4 pontos percentuais face ao trimestre de setembro a novembro. A população desempregada recuou 3,1% (menos 389 mil pessoas) face ao trimestre anterior (12,4 milhões de pessoas).
"No trimestre encerrado em fevereiro, houve retração da população que procurava trabalho, o que já vinha a acontecendo em trimestres anteriores. A diferença é que neste trimestre não se observou um crescimento significativo da população ocupada", afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Na comparação ano a ano, a taxa de desemprego caiu 3,2% no Brasil, passando de 14,6% entre dezembro e fevereiro de 2021 para 11,2% entre dezembro e fevereiro de 2022.
Já o rendimento real habitual do trabalhador caiu 8,8% no período e na comparação ano a ano.
Com isso, o valor médio dos salários pagos no país sul-americano passou de 2.752 reais (cerca de 522 euros) em fevereiro de 2021, para 2.511 reais (476 euros) um ano depois.
A população brasileira subutilizada, ou seja, aqueles que trabalham menos tempo do que gostariam, foi estimada em 27,3 milhões de pessoas (23,5%), número que indica uma queda de 6,3% face ao trimestre anterior, quando somava 29,2% e também regista um recuo de 17,8% face aos dados divulgados há um ano.
A população desalentada, que na classificação do IBGE reúne aqueles que desejam trabalhar, mas não procuraram emprego por vários motivos, chegou a 4,7 milhões de pessoas, mantendo-se estável face ao trimestre anterior e ficou 20,2% abaixo do total registado no mesmo período em 2021.
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