Medina estreia-se em reuniões de Finanças na UE dominadas pela guerra

O novo ministro das Finanças, Fernando Medina, vai estrear-se, na segunda e terça-feira, no Luxemburgo, em reuniões do Eurogrupo e do Ecofin, marcadas pela guerra na Ucrânia e o seu impacto na economia europeia.

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Lusa
01/04/2022 16:03 ‧ 01/04/2022 por Lusa

Economia

Medina

Menos de uma semana após a tomada de posse do XXIII Governo Constitucional, no qual assume a pasta das Finanças, Medina deverá também abordar informalmente com a Comissão Europeia, à margem das reuniões ministeriais no Luxemburgo, o calendário de entrega do projeto de Orçamento do Estado para este ano (OE2022), que Bruxelas aguarda há vários meses.

O anterior Governo chegou a apresentar ao executivo comunitário em outubro de 2021 o plano orçamental para 2022, mas o mesmo ficou sem efeito na sequência da dissolução da Assembleia da República -- precisamente devido ao 'chumbo' do documento pelo parlamento -- e celebração de eleições legislativas antecipadas em 30 de janeiro passado, tendo a entrada em funções do novo Governo sido atrasada ainda mais devido à repetição das eleições no círculo da Europa.

No Luxemburgo, o ministro das Finanças deverá assim dar conta informalmente aos comissários com as pastas económicas do calendário previsto pelo novo Governo para a apresentação e adoção do plano de OE2022, que tem de receber o aval da Comissão Europeia.

No entanto, as agendas formais das reuniões de ministros das Finanças, quer da zona euro (Eurogrupo), na segunda-feira, quer do Conselho de ministros das Finanças dos 27 (Ecofin), serão dominadas por discussões em torno da guerra lançada há já mais de um mês pela Rússia na Ucrânia e uma avaliação do seu impacto em termos económicos, quer para Moscovo, quer para a própria Europa.

No encontro do Eurogrupo, haverá lugar uma análise das consequências, no espaço da moeda única, da guerra e das sanções económicos impostas pela UE à Rússia, tanto no curto como no médio prazo.

Na terça-feira, ao nível do Ecofin, os 27 discutirão igualmente "as consequências económicas e financeiras na sequência das sanções impostas à Rússia após a sua agressão militar contra a Ucrânia", devendo os ministros prestar particular atenção à subida dos preços da energia e da inflação em geral, ao mesmo tempo que analisam o impacto das sanções na economia russa e avaliam eventuais lacunas que permitam aos visados contornar as mesmas.

Os ministros das Finanças dos 27 vão ainda ter um debate sobre o reforço da arquitetura financeira europeia para o desenvolvimento, tomando como exemplo de ação e referência a resposta às necessidades expressas pela Ucrânia no quadro da agressão militar de que é alvo.

Leia Também: Ribau Esteves quer que Medina acabe com burocracia da troika

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