Cônsul no Porto diz que turismo é "boa área" para refugiados trabalharem

A cônsul da Ucrânia no Porto considerou hoje que o turismo é "uma boa área" para os refugiados ucranianos trabalharem em Portugal porque "são qualificados" e "sabem o que fazer".

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Lusa
06/04/2022 13:40 ‧ 06/04/2022 por Lusa

Economia

Ucrânia

 

À margem da presença na primeira edição a Norte da Bolsa de Empregabilidade do Porto, Alina Ponomarenko lembrou que o setor do turismo na Ucrânia "estava em expansão" antes do inicio da invasão pela Rússia.

"É uma boa área para os ucranianos trabalharem [o turismo]. Os ucranianos são trabalhadores qualificados e, antes da guerra, o turismo na Ucrânia estava em grande crescimento, havia muito turismo e muito trabalho. Nós sabemos trabalhar em turismo", apontou.

Maryna Shestakova e Katerina Chernykh são duas refugiadas que estão em Portugal há menos de um mês e deslocaram-se hoje ao evento para tentarem encontrar uma oportunidade de emprego.

Maryna, de 37 anos, já tinha estado em Portugal antes da guerra: "Vim cá festejar uma passagem de ano, nunca pensei que iria voltar nesta circunstância de guerra. Não tenho cá família e estou completamente sozinha, mas tenho onde viver, tenho o que comer e agradeço muito por isso", contou.

No evento para encontrar um emprego, Maryna confessa que não está a ser fácil por causa da burocracia.

"Estou há três semanas à espera de documentos, está a ser uma tarefa difícil. Tenho uma oferta, mas como ainda não tenho os documentos, não dá", disse.

Já Katerina, de 37 anos, fotógrafa de profissão, a viver em São João da Madeira, tem os documentos, mas ainda não tem a oportunidade de emprego.

"É a minha primeira procura de trabalho, foi a família com quem estou em São João da Madeira que me falou deste evento e vim ver o que encontrava. Gostava de arranjar alguma coisa como rececionista ou como fotografa", disse.

Questionada sobre se foi fácil conseguir a documentação necessária para viver e trabalhar em Portugal, esta ucraniana revelou não ter tido dificuldade: "Tive muita sorte, tive a ajuda da câmara da cidade em que estou e consegui ter tudo rápido", referiu.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Setor turístico pede cuidado na comunicação sobre abalos em São Jorge

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