Desde que a guerra na Ucrânia começou, um cabaz de bens alimentares essenciais em Portugal já aumentou "mais de 11 euros", de acordo com cálculos da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), que revela ainda que abastecer a despensa pode custar quase 195 euros.
"Fizemos as contas e, entre 30 de março e 6 de abril, o preço de um cabaz de alimentos essenciais subiu 1,29 euros (+ 0,67%), para um total de 194,92 euros. Entre 23 de fevereiro, um dia antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, e esta quarta-feira (6 de abril), o mesmo cabaz de alimentos já sofreu um aumento de 11,30 euros (+6,15%)", refere a DECO, em comunicado.
A DECO tem monitorizado, desde fevereiro e todas quartas-feiras, com base nos preços recolhidos no dia anterior, os preços de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais que inclui bens como peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.
"Esta análise tem revelado aumentos consecutivos, de semana para semana", nota a Associação.
"Há, no entanto, produtos cuja subida de preço se tem feito notar mais. Se a 30 de março, por exemplo, uma embalagem de pão de forma custava, em média, 1,76 euros, uma semana depois (6 de abril) é preciso gastar mais 0,24 cêntimos, uma subida de 14%. Comprar flocos de cereais e mel também passou a exigir um esforço financeiro maior no espaço de apenas uma semana", adianta ainda a DECO.
Evolução do preço de um cabaz de bens alimentares essenciais em 2022© Reprodução do site da DECO | Infografia: Pedro Nunes
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