Costa Silva defende que Europa deve superar dependência do gás russo
O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, defendeu hoje que a Europa deve apostar na diversificação das fontes de energia e superar a sua dependência do gás natural da Rússia.
© Global Imagens
Economia Costa Silva
Entre outras alternativas de futuro, os Estados europeus devem investir na produção de energias renováveis, "nas quais o nosso país é exemplo", e reduzir a dependência do gás e outros combustíveis fósseis.
Ao intervir em Coimbra, no Instituto Pedro Nunes (IPN), no lançamento da segunda edição da Call INNOV-ID da Portugal Ventures, o ministro da Economia salientou que a Europa "tem uma dependência elevadíssima do gás" da Federação Russa.
"Esta iniciativa não podia ser mais oportuna", na sua opinião, tendo em conta "o que se passa na Europa e no mundo", na sequência da invasão da Ucrânia pelas forças militares de Moscovo, em 24 de março.
Os resultados da nova Call INNOV-ID poderão ajudar o país a melhor intervir nos domínios científico e tecnológico, com reforço dos investimentos na inovação.
Neste contexto, António Costa Silva disse que "é altura de passar do modelo [de desenvolvimento económico] de baixos salários, em que o país se tem arrastado", para um modelo assente na tecnologia e na transferência de conhecimento.
Portugal, na sua ótica, reúne hoje algumas das condições para "alcançar esse desiderato" nos próximos anos.
Por outro lado, importa começar "a olhar com outros olhos para a natureza", incrementando, designadamente, projetos que assegurem a descarbonização e melhorem a economia circular.
Os produtos biológicos "vão substituir toda a cadeia comercial", com as 'startup' a poderem "transformar completamente a economia", segundo o ministro da Economia e do Mar.
"Podemos vencer e ter modelos muito mais eficientes", sublinhou, perante dezenas de pessoas de uma plateia que incluía os presidentes do IPN, João Gabriel Silva (ex-reitor da Universidade de Coimbra), da Câmara Municipal, José Manuel Silva, da Portugal Ventures, Rui Ferreira, e do Banco Português de Fomento, Beatriz Freitas.
Em 2020, com a primeira edição da Call INNOV-ID, a Portugal Ventures recebeu em apenas um mês 117 candidaturas e investiu quatro milhões de euros em 40 projetos, revelou Rui Ferreira.
Portugal, para vencer no futuro, tem de privilegiar agora o empreendedorismo e a inovação tecnológica, pois "só é derrotado quem desiste de lutar", preconizou o ministro da Economia.
Disse ainda ser necessário aproveitar melhor "a rede portuguesa da diáspora", o que, no seu entender, o país "tem explorado pouco".
A Call INNOV-ID é uma parceria da Portugal Ventures com a Agência Nacional de Inovação (ANI), que visa financiar empresas científicas e tecnológicas, fomentando o desenvolvimento dos projetos na fase inicial.
Promover o acesso destes ao financiamento de capital de risco é um dos objetivos desta segunda edição, que abrange os seguintes eixos: descarbonização da economia, sustentabilidade de processos, produtos e materiais, maior eficiência e sustentabilidade energética e maior circularidade da economia.
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