Em comunicado, a Gazprom disse que notificou a empresa búlgara Bulgargaz e a empresa polaca PGNiG da "suspensão das entregas de gás a partir de 27 de abril e até que o pagamento seja feito em rublos".
Entretanto a empresa de gás polaca PGNiG já confirmou a suspensão do fornecimento de gás natural pela Gazprom.
"A situação não afeta o fornecimento atual aos clientes do PGNiG que estão a receber combustível conforme solicitado", afirmou a empresa em comunicado.
A petrolífera estatal russa Gazprom já tinha avançado com a suspensão do fornecimento de gás à Bulgária a partir de hoje, no mesmo dia em que o primeiro-ministro búlgaro tem previsto um encontro com o Presidente da Ucrânia, em Kyiv.
A Bulgária juntou-se assim à Polónia, que também tinha anunciado que a Rússia iria interromper o fornecimento de gás a partir de hoje perante a recusa em fazer os pagamentos em rublos, como exige a administração da Gazprom, controlada por Moscovo.
O Governo da Bulgária, cujo Presidente tem prevista uma deslocação a Kyiv para uma reunião com o seu homólogo ucraniano, garantiu que não há motivo para a população ficar preocupada.
No final de março, o presidente russo, Vladimir Putin, tinha dito que os clientes estrangeiros da Gazprom, "hostis à Federação Russa", deveriam pagar o gás importado em rublos, mas a maioria dos países da União Europeia, incluindo a Polónia e a Alemanha, não aceitou essa exigência.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, ainda de acordo com a organização.
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