Num comunicado, hoje divulgado, os sindicatos Mais, dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) e Nacional dos Trabalhadores da Banca, Seguros e Tecnologias (SBC) lembraram que "em junho de 2023 o Banco procedeu à criação da Montepio Serviços, ACE e, através de acordos de cedência ocasional, envolvendo os representantes dos trabalhadores no processo, procedeu à cedência de trabalhadores de uma instituição para outra".
No entanto, realçou, "durante o mês de fevereiro de 2025, os sindicatos da UGT foram confrontados com o envio de cartas do Banco a estes trabalhadores exigindo-lhes que procedessem à assinatura de um novo acordo de cedência, unilateralmente alterado pelo Montepio e sem que lhes seja dada qualquer explicação".
As estruturas realçaram que as "alterações incidem, essencialmente, sobre as cláusulas relativas a remunerações, regalias e outros benefícios", sem detalhar que alterações estarão em causa.
Assim, e face a esta situação, os sindicatos "solicitaram imediatamente ao Montepio Geral (MG) uma reunião para obter os pertinentes esclarecimentos e exigem que até à sua realização o Banco não pressione ninguém a assinar as alterações aos acordos existentes".
Paralelamente, apelam aos trabalhadores para que não assinem "nada sem estarem totalmente informados sobre o alcance dessas alterações".
As estruturas sindicais salientaram que "é ilegal qualquer forma de pressão ou exigência, por parte do Banco, para convencer um trabalhador a alterar o seu contrato de trabalho", destacando que "até que o Montepio se mostre disponível para fornecer aos sindicatos e aos trabalhadores as cabais e necessárias explicações sobre o alcance destas alterações, Mais, SBN e SBC recomendam a todos os trabalhadores que não assinem nada sem estarem devidamente esclarecidos e que denunciem todas as situações abusivas e ilegítimas com que se deparem no decorrer deste processo".
Contactado pela Lusa, o Montepio não quis comentar esta questão.
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