Os preços dos alimentos têm estado a subir nos últimos meses e esta tendência foi impulsionada pela guerra na Ucrânia. Desde o início do ano e até março, o preço dos alimentos cresceu 3,5%, o que preocupa os economistas, numa altura em que não é ainda possível antever o fim dos aumentos.
Perante os acréscimos é importante perceber como é que se pode poupar na ida ao supermercado. A DECO Proteste divulgou, em março, um conjunto de oito dicas que visam evitar gastos desnecessários e encurtar a conta do supermercado. Tome nota:
- Fazer uma lista de compras é a melhor forma de evitar despesas adicionais - "Pense nas refeições que vai preparar durante a semana e resista às compras por impulso. Traga apenas o que realmente necessita";
- No supermercado, compare os preços por unidade (quilo, litro ou unidade) - "Olhe além dos produtos que estão ao nível dos olhos, onde frequentemente são colocados os produtos que os retalhistas têm mais interesse em vender";
- Consulte os folhetos para saber quais as promoções da semana;
- Pesquise os supermercados mais baratos para comparar o índice diário das várias cadeias de distribuição para o mesmo cabaz de produtos;
- O leite e os cereais são produtos que frequentemente se encontram em promoção - "Veja os prazos de validade e, se forem longos, pode trazer mais de uma unidade para aproveitar a promoção e guardar. Evite, contudo, comprar mais do que necessita";
- No que à alimentação diz respeito, as marcas próprias permitem alguma poupança, "em alguns casos até 30%, sem comprometer a qualidade";
- Olhe para o que tem na despensa e verifique os prazos de validade para evitar desperdício alimentar - "Ao arrumar a despensa, coloque os prazos mais curtos à frente. Deve fazer o mesmo ao arrumar o frigorífico";
- O comércio tradicional é uma boa opção para comprar frescos, "já que é possível encontrar produtos mais baratos. Além disso, têm uma boa oferta de produtos nacionais e, regra geral, ficam mais perto de casa, o que pode ser uma ajuda para reduzir também a despesa com combustíveis".
Os produtos alimentares iniciaram o ano de 2022 a manter a tendência de subida de preços que já traziam do ano anterior, com o índice de preços no consumidor, medido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a mostrar um acréscimo de 0,8% entre janeiro e fevereiro.
Os mesmos dados mostram, contudo, que a tendência se acentuou no último mês deste primeiro trimestre, chegando a março a subir 3,5% numa comparação com janeiro ou 2,7% se a referência for o índice registado em fevereiro, mês em que teve início a guerra na Ucrânia.
No conjunto de produtos que integram este cabaz há alguns cujo preço no primeiro trimestre aumentou acima daquele valor geral: é o caso do pão e dos cereais ou da carne (3,8%) ou dos óleos e gorduras (que subiram 18,6% face a janeiro).
No leite, queijo e ovos a subida do preço naquele período foi de 3,3%, no peixe ascendeu a 2,6% e nos produtos hortícolas a 2,2%
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