O ministro da Economia, António Costa Silva, alertou, esta quarta-feira, que a Covid-19 ainda não desapareceu, recomendando que as pessoas continuem a adotar medidas preventivas, de modo a conter a ameaça de uma nova vaga e evitar uma nova crise económica.
"O vírus também pode pregar-nos mais partidas, como pregou antes, e é por isso que é muito importante acentuar que o vírus não desapareceu, devemos continuar a tomar todas as medidas, a fazer tudo para conter essa ameaça. O pior que pode suceder é sairmos de uma crise e entrarmos noutra ou, pior que isso, numa cascata de crises que se combinam", disse Costa Silva, em declarações aos jornalistas transmitidas pela SIC Notícias.
Contudo, Costa Silva confia que "se conseguirmos minimizar o risco do vírus e realizar este ano, em termos do turismo, dos serviços e da reativação de alguns setores económicos, resultados consolidados, pode ser que isso não se passe".
As declarações de Costa Silva surgem depois de ter sido divulgado que a linhagem BA.5 da variante Ómicron tem apresentado uma frequência relativa "marcadamente crescente", estimando-se que já seja dominante em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
No último relatório do INSA foi projetada a tendência de crescimento a 15 dias da linhagem BA.5 em Portugal, e os dados obtidos desde então têm tido uma grande sobreposição com a projeção, consolidando que a linhagem BA.5 poderá atingir uma frequência relativa de 80% a 22 de maio.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já admitiu que essa linhagem, que apresenta várias características genéticas consideradas de interesse pelos especialistas, caso de mutações com impacto na entrada do coronavírus nas células, pode ser mais transmissível do que a BA.2, mas ressalvou que ainda não existem dados que comprovem que provoca Covid-19 mais grave.
Os atendimentos nas urgências do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, atingiram na segunda-feira o valor mais alto desde o início da pandemia, com 800 doentes, mas quase dois terços eram não covid, disse à Lusa fonte hospitalar.
[Notícia atualizada às 14h52]
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