O ministro das Finanças descreveu, esta terça-feira, em traços gerais, aquilo que foram "dois dias de reuniões intensas" em sede do Eurogrupo e do Conselho de Assuntos Económicos e Financeiros (ECOFIN), indicando que o Orçamento do Estado para 2022 foi "valorizado" pela sua "abordagem de prudência", mas, também, pela sua "abordagem de apoio aos mais impactados pelos efeitos da inflação".
"[Foi valorizada] uma abordagem de prudência, no tempo que vivemos, mas também uma abordagem efetiva em agir sobre o fenómeno da inflação", disse Fernando Medina, em declarações aos jornalistas, destacando a "aposta no apoio aos grupos mais impactados com os efeitos da inflação", com ação dirigida "às áreas de bens que são mais afetados pelo processo inflacionário", como é o caso da energia ou da cadeia alimentar.
"Foi valorizado, também, o compromisso de Portugal relativamente à redução do défice orçamental e relativamente à redução da dívida, que coloca Portugal numa posição de cumprimento das regras europeias", acrescentou o governante. "Algo que é particularmente importante neste momento, que é um momento de viragem da política monetária, com um pré-anúncio do que virão a ser os próximos meses, de virmos a registar subidas das taxas de juro".
O ECOFIN debateu, ainda, "o andamento da situação económica no espaço europeu". "É clara a preocupação central de todos os países com a guerra, com o apoio à Ucrânia sob várias formas", disse Medina, reforçando a "mensagem clara da importância da valorização da paz e do diálogo para a paz".
Recorde-se que os ministros das Finanças da zona euro concordaram na segunda-feira com o parecer favorável da Comissão Europeia ao projeto de OE2022 apresentado por Portugal, saudando o compromisso de contenção da despesa pública.
[Notícia atualizada às 13h42]
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