O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no Internacional Exchange Futures a cotar 1,20 dólares acima dos 116,34 com que fechou as transações na quarta-feira.
Marcado pela reunião do conjunto designado por OPEP+, que junta os 13 membros da Organização dos Países Exportadores e Petróleo (OPEP) com 10 aliados, o dia no mercado foi muito volátil nas primeiras horas, com o crude a cotar entre os 113,46 dólares e acima dos 117 dólares.
Em substância, o OPEP+, Federação Russa incluída, decidiu aumentar a sua produção em julho e agosto acima do esperado, até 648 mil barris por dia nesses meses, uma tentativa de reduzir o preço do petróleo perante a chegada da temporada de verão.
O aumento da produção resultou de estes Estados terem antecipado o aumento previsto para setembro, de 432 mil barris, para julho e agosto, em que se previa subir a produção em mais 216 mil barris, para a baixa resultante da contração da procura em 2020 devido à pandemia e agora pela diminuição da produção na Federação Russa.
Com estas alterações, o cartel alargado de produtores devolve ao mercado os 1uase 10 milhões de barris que tinham cortado em abril de 2020, como resposta à acentuada quebra do consumo por causa da pandemia e das restrições socioeconómicas associadas.
A decisão, tomada em videoconferência, segue-se à redução da extração na Federação Russa, resultante das sanções a que está sujeita por ter invadido a Ucrânia, e a pressões de vários países importadores, como os EUA, para que a OPEP aumentasse a produção para baixar opresso do baril, que chegou a andar nos 120 dólares, o nível mais alto em uma década.
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