A denúncia do empresário russo Dmitri Konov foi registada na quarta-feira e apareceu no 'site' do TJUE na sexta-feira.
Dmitri Konov junta-se assim ao crescente número de russos que contestam legalmente a sua inclusão na lista de sanções europeias, como Piotr Aven e Mikhail Fridman do Alfa Bank ou Roman Abramovich.
"Não acho que seja uma decisão justa com base no que é dado como evidência e com base no raciocínio estabelecido na decisão do Conselho da UE", disse à agência de notícias AFP Konov, acrescentado que a evidência "não é forte o suficiente" para o nomear.
O empresário tornou-se diretor-executivo do Sibur em 2006, tendo-se aposentado de todas as suas funções dentro do grupo depois de ter sido adicionado às listas de sanções europeias e britânicas em março, como parte das medidas destinadas à Rússia pela invasão da Ucrânia, continuando, ainda assim, a ser um dos acionistas maioritários do grupo.
"Somos uma empresa privada e os argumentos (...) de que a empresa fornece uma fonte substancial de receitas ao governo responsável pela desestabilização da Ucrânia não são válidos", acrescentou, assegurando que a maioria dos seus impostos foram pagos a nível regional e não federal.
"Os meus ativos na Europa não são grandes, não sou uma pessoa extremamente rica. Não tenho muito na Europa, exceto uma casa comprada a crédito e uma pequena conta bancária", disse Konov.
A última vez que apareceu na lista dos russos mais ricos da versão russa da Forbes, em 2020, Konov ficou em 195.º lugar com uma fortuna estimada em 450 milhões de dólares (cerca de 419 milhões de euros).
"É uma questão de princípio, não é justo. Tenho muitos amigos na Europa. Fui educado na Europa, trabalhei na Europa por um tempo, então para mim é emocionalmente difícil", concluiu.
Acreditando que as sanções são um "instrumento duvidoso", Konov indicou que iria contestar as sanções britânicas "no devido tempo".
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