Em comunicado, o instituto do Porto esclarece hoje que, com um montante disponível de 2,1 milhões de euros, o programa de financiamento destina-se a 'startups' e pequenas e médias empresas europeias.
A iniciativa visa o desenvolvimento de 14 soluções tecnológicas a aplicar no setor elétrico europeu, nomeadamente, a construção de protótipos que "apoiem a digitalização" deste setor.
Cada projeto receberá até 150 mil euros para desenvolver "as soluções interoperáveis", refere o INESC TEC, acrescentando que esta é a primeira de três iniciativas de financiamento que o projeto InterConnect tem planeadas e que pretende promover a inovação nas áreas dos edifícios e das redes elétricas, contribuindo tanto para a digitalização, como eficiência energética.
As candidaturas podem ser feitas até ao dia 26 de julho na página oficial do projeto InterConnect, que reúne a informação e documentação necessária.
Posteriormente, as propostas selecionadas serão integradas num programa de apoio com especialistas e mentores que vão "guiar a proposta à sua implementação e integração no mercado".
Citada no comunicado, Yolanda Moreno, líder de projetos na Funding Box, empresa responsável pela divulgação dos resultados, esclarece que os mesmos serão conhecidos no final de outubro e que em novembro se inicia o trabalho com as 14 empresas escolhidas "nesta primeira ronda de financiamento".
O programa, que terá uma duração de sete meses, passará por três fases, sendo que "na primeira o objetivo passa por definir a prova de conceito", na segunda etapa as empresas vão "desenvolver os seus protótipos e respetivos modelos de negócio" e, por último, seguir-se-á "o teste e validação dos produtos" no mercado.
Financiado em 36 milhões de euros, o projeto InterConnect junta 50 parceiros europeus, oriundos de 11 países, com o objetivo de desenvolver ferramentas que permitam a interoperabilidade entre equipamentos e a rede elétrica.
Também citado no comunicado, o coordenador do projeto e investigador do instituto do Porto, David Rua, esclarece que o mesmo visa "o desenvolvimento de uma estrutura digital que permite que os equipamentos, nas casas e indústria, sejam capazes de comunicar com prestadores de serviços e operadores da rede".
"O propósito passa pela implementação de soluções que garantam flexibilidade do lado da procura, permitindo aos consumidores e produtores a alteração os seus hábitos de consumo e com isso melhorar a eficiência e resiliência do sistema elétrico, contribuindo assim para a independência energética que a União Europeia pretende alcançar", acrescenta.
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