Porto perdeu registos de Alojamento Local durante a pandemia
O Porto teve 1.779 Alojamento Local (AL) cancelados durante os dois anos de pandemia e abriu 1.615, o que significa uma redução de registos de AL pela primeira vez, avançou hoje à Lusa fonte da ALEP.
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Economia Covid-19
"Oficialmente, durante os dois anos de pandemia foram cancelados 1.779 registos [de Alojamento Local] e abertos outros 1.615, o que pela primeira vez dá uma redução de registos [de Alojamento Local]", disse à Lusa o diretor e coordenador do Norte da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Nuno Trigo.
Em entrevista à agência Lusa, a propósito da retoma atual do AL na cidade do Porto, Nuno Trigo refere, todavia, que os 1.779 registos de AL cancelados no Porto são números da base de dados oficial.
"Nas plataformas desapareceram cerca de 1.200 anúncios de AL no Porto durante a pandemia", assinalou.
Nuno Trigo assume que ainda é cedo para saber quem vai regressar ou não, mas, de qualquer forma, sabe-se que vários AL optaram por segmentos de média duração - estudantes, nómadas digitais. E depois há também uma parcela de AL que "à partida saiu definitivamente do AL para o arrendamento tradicional. A pandemia trouxe muita incerteza e dificuldades financeiras", rematou.
Questionado sobre se tinha conhecimento de haver AL que tinham optado por fazer arrendamentos de médio e/ou longo prazo durante a pandemia a despejar os inquilinos para recomeçar o negócio turístico, o coordenador da ALEP do Norte negou estar a haver despejos no segmento AL.
"Não há a figura do despejo nestes segmentos. Aqueles que foram para as estadias de média duração (um a seis meses) estavam orientados a hóspedes de outros segmentos que precisavam de uma estadia mais prolongada, como trabalhadores alocados ao Porto, nómadas digitais", declarou.
Nos casos de estadias de média duração, Nuno Trigo explica que à medida que esses hóspedes comecem a abandonar a cidade, os titulares de AL tomam a decisão se querem voltar ao turismo tradicional ou manter-se nesses segmentos que são do AL.
"Muitos têm optado por manter-se na média duração, pela estabilidade de rendimentos e conforto operacional. Já aqueles que optaram por arrendamentos de longa duração, nesses casos houve mesmo uma saída do AL, pois são contratos em geral com prazos médios de dois ou três anos, o que se traduz no numero significativo de cancelamentos de registos que segundo os dados oficiais foram pelo menos 1.700", indicou.
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