No relatório mensal sobre o mercado petrolífero hoje divulgado, a AIE refere que OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados) terá de evitar que o "equilíbrio implícito" que prevê existir no próximo ano se converta num défice.
A AIE adverte ainda para o facto de a procura de petróleo no próximo ano dever aumentar, ultrapassando o nível pré--pandemia atingido em 2019.
De acordo com a sua análise, a oferta de petróleo mundial pode ter dificuldades em cobrir a procura no próximo ano devido ao reforço das sanções contra a Rússia, o que pode fazer com que "as margens das capacidades não utilizadas" pelos outros produtores caiam para mínimos históricos.
Para este ano, a AIE calcula que o mundo irá absorver uma média de 99,4 milhões de barris por dia, mais 1,8 milhões de barris diários que no ano passado, ou mais 1,9%, sobretudo porque os países desenvolvidos estão a recuperar, depois de dois anos de efeitos negativos da pandemia.
No próximo ano, a AIE calcula que o crescimento acelerará e que a procura de petróleo bruto aumentará em 2,17 milhões de barris por dia (2,2%) para 101,6 milhões, o que ultrapassará o pico de 2019.
Este crescimento será desencadeado por vários países em desenvolvimento e em particular pela China, onde se espera uma recuperação significativa da atividade económica após as medidas de confinamento por causa da pandemia.
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