O primeiro-ministro afirmou, esta segunda-feira, que o posicionamento da CGTP-IN contra qualquer compromisso no âmbito da concertação social é uma das suas grandes frustrações políticas, considerando que essa atuação da central sindical tem "desequilibrado brutalmente" as relações laborais.
A CGTP esteve hoje reunida com António Costa, em sede de Concertação Social, e no final reagiu às afirmações do socialista.
"A CGTP enquanto organização que representa trabalhadores é sempre a primeira a estar disponível para assinar acordos", afirmou Andrea Araújo, Membro da Comissão Executiva da CGTP-IN, ressalvando que para isso é necessário que o "conteúdo desses acordos" traga vantagens aos trabalhadores.
"A CGTP assinou diversos acordos e é pena que muitos desses não tenham sido cumpridos", acrescentou, fazendo saber, contudo, que esse não foi um dos temas "em cima da mesa" na reunião com Costa.
Segundo Andrea Araújo, a mensagem deixada durante este encontro foi a necessidade de "romper com a política de baixos salários e, de uma vez por todas, aumentar aquilo que é o Salário Mínimo Nacional", cuja proposta desta organização é o valor de 800 euros.
"É preciso dar passos consistentes para acabar com a guerra e com as sanções a ela relacionadas", afirmou, associando essas duas situações com o facto de os "trabalhadores estarem a ser confrontados com uma situação muito difícil de bens essenciais, que não conseguem adquirir".
A mesma responsável sindical disse que um dos temas discutidos foi a adesão da Ucrânia à União Europeia, defendendo que é preciso "respeitar a vontade do povo da Ucrânia e da Moldávia, que também é candidata"
António Costa reuniu esta manhã com os parceiros sociais, uma reunião para discutir questões europeias, sobretudo a possível adesão da Ucrânia à União Europeia.
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