No final de maio, o número de desempregados no país era de 1,8 milhões, o que representa um aumento de 40 mil pessoas, ou 2,3%, em relação ao mesmo mês de 2022, de acordo com os dados do Ministério da Administração Interna e Comunicação japonês.
O Japão tinha 67,24 milhões de trabalhadores empregados em maio, menos 140 mil pessoas, ou 0,2%, em comparação com igual período do ano anterior.
O arquipélago asiático tinha 124 empregos disponíveis por cada 100 candidatos em maio, mais um do que em abril.
Também o banco central do Japão anunciou que a confiança dos empresários na evolução da economia japonesa piorou pelo segundo trimestre consecutivo, devido à guerra na Ucrânia, aos prolongados confinamentos na China e à crescente inflação.
O último relatório da situação económica, divulgado pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), mostrou que o índice de confiança das grandes empresas transformadoras japonesas situou-se em nove pontos no segundo trimestre, cinco pontos abaixo do relatório de março.
Em março, o índice Tankan já tinha caído três pontos em relação ao relatório anterior, depois de quase dois anos em que a confiança empresarial japonesa tinha vindo a subir.
Em sentido contrário, a confiança das grandes empresas não manufatureiras melhorou quatro pontos, atingindo 13 pontos.
O índice Tankan é visto como um importante sinal da evolução económica do Japão.
A queda do índice para os grandes conglomerados manufatureiros acompanhou as previsões do BoJ, de acordo com as quais a confiança dos empresários vai permanecer inalterada nos próximos meses, embora com uma melhoria muito discreta.
Ao contrário de outros bancos centrais, que começaram a implementar medidas para combater a alta dos preços, o BoJ tem-se recusado a subir as taxas de juro, defendendo que a recuperação económica do Japão é ainda frágil.
Algo que tem provocado uma fuga de capitais, colocando a moeda japonesa, o iene, no nível mais baixo em relação ao dólar norte-americano em 24 anos, tornando mais as importações das quais dependem as empresas do país.
Na quinta-feira, o Governo japonês divulgou os dados relativos à produção industrial, que caiu pelo segundo mês consecutivo, com o índice a descer 7,2% em maio em comparação com o mês anterior.
As indústrias que mais contribuíram para o declínio da produção industrial japonesa, em maio, foram os dispositivos e componentes eletrónicos, produção de máquinas elétricas e veículos automóveis.
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