De acordo com o Boletim do Apoio ao Consumidor de Energia, publicado pela ERSE, nos primeiros três meses do ano "foram recebidas 7.586 reclamações no 1.º trimestre de 2022, aumentando 10,5% relativamente ao trimestre anterior".
O setor elétrico continuou a ser o mais visado, com 5.322 reclamações, seguido do fornecimento dual (eletricidade e gás natural), com 993 reclamações.
No entanto, sublinhou o regulador, "tendo em consideração o número de clientes, o fornecimento dual apresenta um indicador ligeiramente superior ao do setor elétrico, ainda que não se disponha de informação suficiente para avaliar se o cliente dual focou a sua reclamação mais sobre o setor elétrico ou do gás natural ou sobre ambos".
As reclamações dos consumidores de energia prenderam-se, sobretudo com a contratação, a faturação e a medição, principalmente na eletricidade e no gás natural.
No mesmo período, a ERSE recebeu 593 pedidos de informação, mais 46,4% do que no trimestre anterior, dos quais 349 sobre o setor elétrico, 68 sobre o fornecimento dual e 37 relativos ao setor do gás natural.
Segundo o regulador, para esta subida contribuiu a alteração, em março, de alguns procedimentos, bem como do sistema informático de suporte ao tratamento de reclamações e pedidos de informação.
Os principais motivos para pedidos de informação prendem-se com a faturação, a contratação e as tarifas e preços, apontou a entidade.
Nos primeiros três meses do ano, a ERSE concluiu 7.172 processos de reclamações e pedidos de informação.
"Em 4.093 processos foi enviada informação ao consumidor, na sequência da receção da cópia da resposta dada pela ER [entidade reclamada] ao consumidor", enquanto "em 2.056 processos de reclamações, a intervenção da ERSE traduziu-se na prestação de informação específica ao consumidor, visando esclarecer o enquadramento legal e regulamentar aplicável à situação apresentada", que resultaram na conclusão de 574 processos após alteração da posição da entidade reclamada, esclareceu a entidade reguladora.
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