Menos incorporação renovável na eletricidade faz país descer para 5.º

A incorporação de renováveis na eletricidade foi de 47,3% em junho, uma descida de 9% face a maio, fazendo Portugal descer uma posição, para 5.º país europeu com maior incorporação renovável, divulgou hoje a APREN.

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Lusa
11/07/2022 13:13 ‧ 11/07/2022 por Lusa

Economia

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De acordo com o Boletim de Eletricidade Renovável, publicado mensalmente pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN)," entre os dias 01 e 30 de junho de 2022, a incorporação renovável foi de 47,3%, no total de 3.264 GWh [gigawatts-hora] produzidos", em Portugal Continental.

Os valores registados em junho representam uma diminuição de 4,6% face a junho de 2021 e de 9% face ao mês anterior, que se deve, sobretudo, a` diminuição do índice de hidraulicidade, que resultou num decréscimo da produção hídrica, apontou a APREN.

Assim, a nível europeu, Portugal desceu de quarto para quinto lugar nos países com maior incorporação renovável na Europa, ficando atrás da Noruega, Áustria, Dinamarca e Alemanha, que registaram incorporações renováveis, em junho, de 99,2%, 96,6%, 77,9% e 49,7%, respetivamente.

No entanto, no conjunto do primeiro semestre do ano, Portugal manteve-se o quarto país europeu com maior incorporação renovável na geração de eletricidade, atrás da Noruega, Áustria e Dinamarca.

A APREN salientou que, em junho, "a produção hídrica e a percentagem máxima de armazenamento nas barragens atingiram valores mínimos face ao período homólogo nos últimos 10 anos, o que contribuiu para um aumento da produção por fontes fósseis".

De acordo com dados da REN - Redes Energéticas Nacionais, divulgados na semana passada, no primeiro semestre, o índice de produtibilidade hidroelétrica (das barragens) registou 0,34, abaixo da média histórica que é 1, devido à seca, tendo abastecido apenas 11% do consumo nacional, o de produtibilidade eólica 0,95 (25% do consumo) e o de produtibilidade solar 1,11 (5%).

Neste quadro, ganharam peso as centrais a gás natural, cuja produção correspondeu a 31% do consumo de eletricidade, que é o valor mais elevado registado até hoje para o primeiro semestre, enquanto os restantes 21% corresponderem ao saldo importador, que é também o valor mais elevado de sempre registado no sistema elétrico nacional, para este período do ano, segundo a empresa gestora da rede elétrica.

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