O negócio foi concluído com a empresa brasileira Copass Gas e Energia S.A., que pagou o montante total na segunda-feira, após aprovação do o Conselho Administrativo de Defesa Económica (CADE), de acordo com uma declaração divulgada pela Petrobras.
Com a transação, a companhia petrolífera estatal completa a venda de 100% da sua participação na Petrobras Gás S.A. (Gaspetro), uma vez que os restantes 49% foram negociados em 2015 com a Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda, uma subsidiária do grupo japonês no sector do gás.
Gaspetro é uma sociedade holding com participações em 18 empresas de distribuição de gás natural localizadas em todas as regiões do gigante sul-americano.
As suas redes de distribuição totalizam aproximadamente 10.000 quilómetros e servem mais de 500.000 clientes, com um volume distribuído de cerca de 29 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
A venda faz parte do ambicioso plano de desinvestimento da maior empresa brasileira para reduzir a dívida, melhorar o seu perfil financeiro e concentrar as operações nos ativos mais rentáveis, principalmente na exploração de hidrocarbonetos em águas profundas.
Segundo a Petrobras, a empresa procura concentrar os seus recursos nos seus campos de águas profundas no Oceano Atlântico, "bens que demonstraram uma grande vantagem competitiva ao longo dos anos, com menores emissões de gases com efeito de estufa".
A Petrobras - que é controlada pelo estado brasileiro, mas tem ações negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madrid - planeia conseguir desinvestimentos entre 15 mil milhões e 25 mil milhões de dólares entre 2022 e 2026.
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