A taxa de inflação acelerou para 8,7% em junho, o valor mais elevado desde dezembro de 1992, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta terça-feira, confirmando o valor da estimativa provisória divulgada no final do mês passado.
"A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 8,7% em junho de 2022, taxa superior em 0,7 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior e a mais elevada desde dezembro de 1992", pode ler-se no relatório do INE.
O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) também acelerou, registando uma variação de 6,0% (5,6% em maio).
Já a variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 31,7% (27,3% no mês precedente), o valor mais elevado desde agosto de 1984, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 11,9% (11,6% em maio).
A variação mensal do IPC foi 0,8% (1,0% no mês precedente e 0,2% em junho de 2021). A variação média dos últimos doze meses foi 4,1% (3,4% em maio).
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 9,0%, novo valor mais elevado registado desde o início da série do IHPC, em 1996.
O IHPC registou uma variação mensal de 1,1% (1,0% no mês anterior e 0,2% em junho de 2021) e uma variação média dos últimos doze meses de 4,1% (3,3% no mês precedente).
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