Cerca das 08h55 em Lisboa, o EuroStoxx 600 descia 0,27% para 421,39 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt recuavam 0,26%, 0,16% e 0,31%, enquanto a de Madrid desvalorizava-se 0,35%.
Atingida pela crise política em Itália, numa altura em que o primeiro-ministro, Mario Draghi, deverá pedir a demissão, por ter perdido a maioria para governar e onde se deverão realizar eleições em setembro ou outubro, a bolsa de Milão estava a cair 1,86%.
Depois de abrir em baixa, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência, estando cerca das 08:55 o principal índice, o PSI, a subir 0,94% para 5.884,47 pontos.
Na reunião de política monetária de hoje, o BCE poderá debater uma subida de 0,50 pontos percentuais das taxas de juro, em vez de 0,25 pontos percentuais como antecipado, e deverá anunciar os moldes de funcionamento do novo instrumento de antifragmentação, um novo mecanismo para limitar a subida dos juros das dívidas soberanas da zona euro.
Para travar a subida da inflação na zona euro, o BCE anunciou em junho que irá aumentar de novo as taxas de juro em setembro.
Entretanto, o fornecimento de gás da Rússia para a Alemanha através do Nord Stream, foi hoje retomado. Os investidores também estão preocupados com crise política em Itália, onde o primeiro-ministro Mario Draghi apresentou a demissão por falta de apoio da direita, provocando assim a convocação de eleições antecipadas, que deverão ocorrer em setembro ou outubro.
O conselho do BCE dará a conhecer as diretivas de política monetária num contexto marcado pela subida da inflação, depois de o Eurostat ter confirmado na terça-feira que a inflação homóloga avançou em junho para 8,6% na zona euro, contra 8,1% em maio e 1,9% em junho de 2021, enquanto na União Europeia avançou para 9,6%, contra 8,8% em maio e 2,2% em junho do ano passado.
A taxa de inflação na zona euro e na UE tem vindo a acelerar desde junho de 2021, devido à subida dos preços da energia, e a atingir valores recorde desde novembro.
Os investidores temem que as pressões inflacionistas obriguem os bancos centrais a acelerar o ritmo das subidas das taxas de juro, aumentando assim o risco de recessão.
Entretanto, no atual cenário de elevada incerteza, o euro continuava hoje a recuperar face ao dólar, depois de ter fechado abaixo da paridade em 14 de julho (a 0,9991 dólares), sustentado pela expectativa de que o BCE suba as taxas de juro a um ritmo mais agressivo.
No outro lado do Atlântico, a bolsa de Wall Street terminou em alta na quarta-feira, com o Dow Jones a subir 0,15% para 31.874,84 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro deste ano.
O Nasdaq fechou a valorizar-se 1,58% para 11.897,65 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro do ano passado.
A nível cambial, o euro abriu em alta no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0213 dólares, contra 1,0191 na quarta-feira, depois de ter terminado em 14 de julho abaixo da paridade, a 0,9991 dólares, um mínimo desde 2002.
O barril de petróleo Brent para entrega em setembro abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 106,09 dólares, contra 106,92 dólares na quarta-feira.
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