Paris apoia plano de Bruxelas para reduzir consumo de gás

Paris apoia o plano de Bruxelas para reduzir o consumo de gás, porque acredita que os países da União Europeia (UE) devem agir de forma coordenada para lidar com uma situação que afeta todos, foi hoje anunciado.

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© Thierry Monasse/Getty Images

Lusa
22/07/2022 11:14 ‧ 22/07/2022 por Lusa

Economia

Crise/Energia

Esta é a posição expressa hoje pelo Governo francês, que anunciou que a ministra da Transição Energética, Agnès Pannier-Runacher, discutirá com os colegas dos outros Estados membros na terça-feira a proposta da Comissão Europeia para que todos reduzam o seu consumo em 15%.

"É uma proposta que deve ser analisada em primeiro lugar porque as condições, incluindo as de natureza técnica, são diferentes de um país para outro", disseram à Efe fontes do executivo.

Em todo o caso, as fontes observaram que os países europeus enfrentam os mesmos desafios e vários deles "são muito mais vulneráveis do que a França".

Foi feita uma referência particular à Alemanha, principal parceiro económico e político de Paris, que antes da invasão da Ucrânia comprava mais de metade do gás que consumia à Rússia, enquanto para a França representava menos de 20%.

Para o Governo francês, "é essencial atuar de forma coordenada a nível europeu", e é assim que entende "a ação da Comissão Europeia, que apoia".

Neste contexto, fontes governamentais asseguraram que "a França está pronta a desempenhar o seu papel na solidariedade europeia" e está "em contacto estreito e permanente com (os seus) vizinhos sobre esta questão".

No dia 14, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que o seu Governo iria preparar um "plano de sobriedade" com o objetivo de reduzir o consumo de energia em 10% em dois anos.

Um objetivo que difere da ideia de Bruxelas de que todos os Estados da UE deveriam reduzir o consumo de gás em 15% entre 1 de agosto e 31 de março de 2023, e contra o qual Espanha, Portugal e Grécia se pronunciaram abertamente.

Em França, o Governo assegura que não haverá cortes no próximo inverno para os consumidores privados, mas não exclui mecanismos de redução para as grandes empresas consumidoras de energia durante os picos de consumo.

Além disso, para reforçar as rotas de abastecimento de gás, Paris planeia aumentar as capacidades dos terminais de regaseificação de Fos-Cavaou e Dunkerque, e lançou um projeto para um terminal flutuante no porto de Le Havre, mas que só estará concluído em setembro de 2023.

Leia Também: Grécia (também) rejeita proposta para reduzir consumo de gás em 15%

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