TotalEnergies e Shell aumentam ganhos no primeiro semestre de 2022

A empresa de combustíveis britânica Shell e a francesa TotalEnergies aumentaram os ganhos no segundo trimestre do ano aproveitando os preços do petróleo e do gás no quadro da invasão russa da Ucrânia.

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Lusa
28/07/2022 09:14 ‧ 28/07/2022 por Lusa

Economia

TotalEnergies

Os ganhos do grupo Shell multiplicaram-se por cinco atingindo os 18 mil milhões de dólares (cerca de 17.700 milhões de euros)

Além da subida dos preços dos hidrocarbonetos, os resultados da Shell beneficiaram de 4,3 mil milhões de dólares (provisões), após a revisão em alta das projeções sobre os preços do petróleo e do gás (a médio e longo prazo). 

A TotalEnergies triplicou os ganhos no primeiro semestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado, auferindo 18.733 milhões de dólares, mais do que o valor máximo atingido em 2021 (16.032 milhões de dólares).

Em comunicado, a petrolífera atribuiu os resultados ao elevado preço do petróleo e do gás e à margem das refinarias no quadro da crise energética desencadeada pela invasão russa da Ucrânia. 

O lucro da TotalEnergies foi obtido apesar da nova provisão de 3,5 mil milhões de dólares ligada ao impacto das sanções internacionais sobre o valor da participação da petrolífera francesa na russa Novatek, informou o grupo no mesmo comunicado.

"Os efeitos da invasão russa da Ucrânia nos mercados de energia mantiveram-se no segundo trimestre, com os preços do petróleo a passar, em média, os 110 dólares por barril no segundo trimestre", afirmou o diretor-geral da TotalEnergies, Patrick Pouyanné.

O aumento tem beneficiado toda a indústria de petróleo e gás, a nível global.

A companhia norueguesa de energia Equinor anunciou na quarta-feira que alcançou um lucro (líquido) no segundo trimestre de cerca de 6,8 mil milhões de dólares, contra 1,9 mil milhões de dólares no mesmo período de 2021.

Em França, os ganhos das petrolíferas estiveram no centro de um debate político sobre a conveniência de tributar as empresas.

Leia Também: Bolsas europeias em alta, depois da subida das taxas de juro nos EUA

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