Preço do peixe subiu 18% com a guerra. Quanto custa abastecer a despensa?
Abastecer a despensa com bens essenciais pode custar, atualmente, mais de 207 euros, segundo a DECO Proteste.
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Economia Supermercados
Desde que começou a guerra na Ucrânia, o preço do peixe já registou um aumento de 18,16%, de acordo com uma monitorização de preços da DECO Proteste, que revela ainda que abastecer a despensa com bens essenciais pode custar, atualmente, mais de 207 euros.
"Um cabaz de bens alimentares essenciais custa esta semana 207,33 euros, mais 1% face ao que custava há apenas uma semana (27 de julho), e o valor mais alto desde que começámos esta análise, a 23 de fevereiro, véspera da explosão do conflito armado na Ucrânia. Até esta quarta-feira (3 de agosto), o preço do cabaz já aumentou 12,91%, ou seja, 23,70 euros", refere a DECO Proteste.
Ora, a contribuir para este aumento está, "em grande parte, o preço do peixe, a categoria alimentar cujo preço mais aumentou nos últimos cinco meses".
"Entre 23 de fevereiro e 3 de agosto, o preço do peixe registou um incremento de 18,16% (mais 10,95 euros). Fazendo as contas a apenas um quilo (kg) de salmão, de pescada, de carapau, de peixe-espada-preto, de robalo, de dourada, de perca e de bacalhau, pode agora ter de gastar, em média, 71,26 euros. Antes do início da guerra pagaria 60,31 euros", adianta.
A DECO Proteste tem monitorizado, desde 23 de fevereiro, todas as quartas-feiras (com base nos preços recolhidos no dia anterior), os preços de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais que inclui bens como peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.
"Esta análise tem revelado incrementos quase todas as semanas, com alguns produtos a registarem subidas de preços de dois dígitos de uma semana para a outra", adianta a organização de defesa do consumidor.
Quais os preços que mais subiram na última semana?
Na última semana, entre 27 de julho e 3 de agosto, os dez produtos com maiores subidas de preço foram a polpa de tomate (mais 15%), a alface frisada (mais 12%), o iogurte líquido (mais 11%), o carapau (mais 11%), a costeleta de porco (mais 10%), o peixe-espada-preto (mais 10%), o pão de forma sem côdea (mais 8%), a massa espirais (mais 5%), o bacalhau (mais 5%) e a cenoura (mais 5%).
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