"A Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal manifesta a sua solidariedade para com todos aqueles que sofreram danos pessoais e materiais nos inclementes fogos deste verão e lamenta profundamente que um ecossistema tão sensível como o da Serra da Estrela tenha sido tão duramente atingido", lê-se num comunicado enviado à Lusa.
Admitindo que "há locais da Serra que dificilmente voltarão a ser o que eram", o Turismo Centro de Portugal afirma ter "a certeza de que, com o esforço de todos, o Parque Natural vai reerguer-se e continuar a ser o destino turístico de excelência que sempre foi".
No comunicado, a entidade presidida por Pedro Machado envia "um abraço solidário a todos os municípios e empresários afetados", antecipando que "o esforço de recuperação vai exigir o empenho sobre-humano de todos".
"Os municípios e empresários sabem que podem contar com todo o apoio da Turismo Centro de Portugal nesta tarefa tão árdua", garante.
O Turismo Centro de Portugal endereça, ainda, "as maiores palavras de louvor" aos "bravos bombeiros e serviços de proteção civil, que, perante uma situação tão adversa, voltaram a mostrar a fibra de heróis que reconhecidamente são".
Aos turistas e visitantes, esta entidade pede para que "redobrem a atenção nos seus comportamentos, evitando os de risco, em especial numa altura tão delicada", elencando conselhos, nos quais se incluem o conhecimento das previsões meteorológicas ou a adoção de medidas de auto-segurança.
No comunicado, o Turismo Centro de Portugal adianta que a região "está, novamente, a sofrer com o flagelo dos fogos florestais".
"Cinco anos depois da tragédia que se abateu sobre grande parte da região, o pesadelo dos incêndios atingiu este verão de novo os territórios do Centro de Portugal, devastando nos últimos dias a área protegida mais extensa de Portugal, a nossa magnífica Serra da Estrela", acrescenta.
O incêndio deflagrou às 03:18 de sábado, na localidade de Garrocho, freguesia de Cantar-Galo e Vila do Carvalho, no concelho da Covilhã (distrito de Castelo Branco), e alastrou para Manteigas, Gouveia, Celorico da Beira e Guarda (Guarda).
Hoje, às 15:09, estavam no terreno 1.662 operacionais, apoiados por 468 viaturas e 12 meios aéreos, segundo o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Os incêndios que deflagraram em junho de 2017 em Pedrógão Grande (Leiria) e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.
Em outubro seguinte, na região Centro, os incêndios provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos, registando-se ainda a destruição, total ou parcial, de cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.
O Turismo Centro de Portugal anuncia-se como "a maior e mais diversificada área turística nacional, abrangendo 100 municípios".
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