"Entre 2020 e 2022, o número de candidaturas recebidas e estágios realizados tem vindo a aumentar desde o início da medida, com 77.614 candidaturas recebidas e 95.083 estágios", mostram os dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social solicitados pela Lusa.
Em 2020, existiu apenas um período de candidaturas, no 2.º semestre desse ano, com 15.817 candidaturas que resultaram em 19.212 estágios.
Já em 2021 houve dois períodos, tendo o primeiro registado 19.579 candidaturas e 24.242 estágios e o segundo 20.820 candidaturas e 24.868 estágios.
Em 2022, o primeiro período de candidaturas, que ocorreu entre 01 de março e 30 de junho, contou com 21.398 candidaturas que resultaram em 26.761 estágios.
O segundo período de candidaturas de 2022 deverá ocorrer de 01 de outubro a 30 de dezembro, segundo informação publicada pelo IEFP.
A medida estágios Ativar.pt integra o programa reforçado de apoios ao emprego e à formação profissional do IEFP, com o objetivo de assegurar a manutenção do emprego e a retoma progressiva da atividade económica.
Os valores das bolsas de estágio foram aumentados este ano e variam consoante o nível de qualificações.
Para as candidaturas apresentadas em 2022, a bolsa mensal para quem tem o ensino secundário completo (nível 3 -- 12.º ano) corresponde ao valor de 1,4 Indexantes de Apoios Sociais (IAS), ou seja, a 620,48 euros.
Para quem tem nível de qualificação 4 (12.º ano profissional) a bolsa é igual a 1,6 IAS, isto é, a 709,12 euros, e quem tem nível 5 (pós-secundário não superior) recebe 753,44 euros (1,7 vezes o IAS).
A bolsa para licenciados (nível 6) é de 886,4 euros (corresponde a 2 IAS), para os estagiários com mestrado (nível 7) é de 975,04 euros (2,2 IAS) e para quem tem doutoramento é de 1.108 euros (2,5 IAS).
Nas restantes situações é concedida ao estagiário uma bolsa mensal de 1,3 vezes o valor correspondente ao IAS, ou seja, 576,16 euros.
Os estágios Ativar.pt têm a duração de nove meses, não prorrogáveis, tendo em vista promover a inserção de jovens no mercado de trabalho ou a reconversão profissional de desempregados.
As candidaturas são apresentadas pelas empresas e as bolsas de estágio são financiadas pelo IEFP em 65% ou 80%, consoante os casos, podendo ainda ser majoradas até 95% quando se trate de pessoas com deficiência, famílias monoparentais, refugiados, entre outras situações.
Podem aderir desempregados inscritos nos serviços de emprego, nomeadamente jovens até aos 30 anos ou pessoas com mais de 30 anos e até aos 45 anos que se encontrem desempregadas há mais de 12 meses com determinado grau de qualificação e pessoas com deficiência e incapacidade.
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