A melhoria homóloga do saldo orçamental nos primeiros seis meses do ano foi sobretudo justificada pelo dinamismo da atividade económica e do mercado de trabalho e do efeito base do lado da despesa.
De acordo com os dados divulgados pelo Governo, até junho, a receita cresceu 19,7% face ao período homólogo e 14% face a 2019.
A receita acelerou, assim, com a recuperação da economia, refletindo-se na receita fiscal e contributiva, que aumentou 21,6% face ao mesmo período de 2021.
Já a despesa diminuiu 1,7% face ao período homólogo, com o Ministério das Finanças a salientar que reflete o menor impacto das medidas associadas à covid-19 (-28%), a despesa com juros e outros encargos (-15,3%) e as transferências de capital para o Novo Banco.
A despesa expurgada destes efeitos cresceu 2,8% no primeiro semestre de 2022 face ao período homólogo.
Segundo os dados da DGO, a resposta à pandemia custou 2.306,3 milhões de euros ao Estado até junho, devido à perda de receita em 292 milhões de euros e ao aumento da despesa em 2.013,8 milhões de euros.
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