Reclamações nas comunicações recuam 9% no 2.º trimestre para 25.900

As reclamações no setor das comunicações diminuíram 9% no segundo trimestre, face a igual período de 2021, para 25,9 mil, recuando pelo quinto trimestre consecutivo e "afastando-se dos valores registados durante a pandemia", divulgou hoje a Anacom.

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Lusa
01/09/2022 11:28 ‧ 01/09/2022 por Lusa

Economia

Anacom

 

Em comunicado, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) refere que "as comunicações eletrónicas foram as mais reclamadas, com 16,8 mil reclamações (65% do total de reclamações), menos 10% face ao segundo trimestre de 2021".

Entre abril e junho, as reclamações sobre serviços postais também diminuíram (6%) face a igual período do ano passado, situando-se nas 9,1 mil (35% do total), mas aumentaram em relação ao primeiro trimestre deste ano (+1.000 reclamações).

De acordo com o regulador, Lisboa foi o distrito que apresentou o maior número de reclamações (32 por 10.000 habitantes), enquanto Portalegre e Bragança apresentaram o menor número (sete por 10.000 habitantes).

"Nas comunicações eletrónicas, a Vodafone foi o prestador de serviços que registou mais reclamações (36%; cerca de 6.000 reclamações) e também o único que viu aumentar o número de reclamações face a igual período do ano passado (+8%)", nota.

Contudo, a NOS foi o prestador que registou mais reclamações por 1.000 clientes (1,8) e foi o segundo prestador de serviços mais reclamado no segundo trimestre de 2022, com 32% do total de reclamações do setor, seguido da Meo (28%) e da Nowo (4%).

Segundo a Anacom, "a demora na resolução de falhas nos serviços foi o assunto mais reclamado pelos utilizadores de serviços comunicações eletrónicas (16%) e a ativação de serviços sem consentimento foi o motivo que mais aumentou".

Seguiram-se o aumento de preços, a não concretização de condições contratuais e a impossibilidade de barrar consumos adicionais de dados.

Já a demora ou não resolução de reclamações foi o motivo que mais diminuiu face a igual período do ano passado (menos cinco pontos percentuais).

Os dados hoje divulgados apontam ainda que "a demora ou resolução deficiente de falhas nos serviços está entre os principais motivos de reclamações contra todos os prestadores de serviços mais reclamados", sendo mencionados em 20% das reclamações contra a Vodafone, em 14% nas reclamações contra a Nos ("a par da ativação de serviços sem consentimento, que continuou a aumentar") e em 12% nas reclamações contra a Meo.

Nos serviços postais, os CTT continuam responsáveis pela esmagadora maioria das reclamações registadas pela Anacom no segundo trimestre de 2022, com 91% (-2% face a igual período de 2021).

A DPD reduziu as reclamações pelo terceiro período consecutivo (-17%), representando 5% das reclamações do setor. O conjunto de outros prestadores menos reclamados (UPS, DHL, TNT, CEP, entre outros) representou, ao todo, 4% das reclamações registadas e também viu diminuir as reclamações neste período (48%).

O regulador refere que "a falta de tentativa de entrega no domicílio, embora tenha vindo a diminuir, foi o motivo mais mencionado nas reclamações sobre serviços postais (16%) e em 16% das reclamações contra os CTT e 32% das reclamações contra a DPD".

"Nos CTT, aumentaram sobretudo as reclamações sobre repetidos atrasos na entrega e cobertura de serviço deficiente (mais três pontos percentuais)", acrescenta.

Leia Também: Estes são os distritos que têm mais pedidos de tarifa social de Internet

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