Governo suspende ISP e taxa de carbono sobre gás para eletricidade

O Governo decidiu hoje suspender o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e a taxa de carbono sobre o gás natural para a produção de eletricidade e cogeração.

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Lusa
15/09/2022 19:10 ‧ 15/09/2022 por Lusa

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Esta medida fiscal, avaliada em mais de 25 milhões de euros, tem execução imediata, anunciou hoje ministro da Economia e do Mar, numa conferência de imprensa, em Lisboa.

Por outro lado, o executivo vai atribuir uma majoração de IRC em 20% aos gastos com a eletricidade e o gás natural, fertilizantes, rações e outra alimentação para a atividade de produção agrícola.

"Faz parte deste pacote, um conjunto de medidas fiscais que pensamos que são muito importantes para as empresas, que foram articuladas com o Ministério das Finanças, que envolvem a suspensão temporária do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e da taxa de carbono sobre o gás natural, sobretudo o utilizado na geração de eletricidade e de cogeração", anunciou António Costa Silva.

Segundo o governante, estes apoios entram em vigor de imediato.

A isto soma-se a prorrogação, até ao final do ano, do mecanismo do gasóleo profissional.

Da mesma forma, será estendida também até dezembro, a redução temporária do ISP aplicável ao gasóleo agrícola.

Em resposta aos jornalistas, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, defendeu que as medidas estão "adaptadas às necessidades das empresas", atuando na diminuição do resultado fiscal que estas possam vir a ter, face ao aumento dos custos com a eletricidade e o gás.

Os custos serão assim calculados "de forma majorada, quando calculado o seu resultado para efeitos de tributar os lucros".

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais notou ainda que a redução do IVA "não se colocava, neste momento", até porque as empresas "têm capacidade de dedução".

O ministro da Economia e do Mar anunciou hoje um pacote de medidas de mais de 1.400 milhões de euros para apoiar as empresas face ao aumento de custos com a energia, que inclui uma linha de crédito de 600 milhões de euros.

Por outro lado, também foram alargados os apoios às indústrias de consumo intensivo de gás, apoios à formação, medidas de aceleração da eficiência energética, fiscais, entre outras.

Leia Também: Medidas para empresas "no sentido certo" mas parte fiscal é "fraca"

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