Dados pessoais expostos? TAP poderá ter de pagar coimas e indemnizações
A provar-se a negligência, a companhia aérea poderá ter de coimas e indemnizações, considera a DECO Proteste.
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Economia TAP
Na semana passada foi revelado que os dados pessoais de muitos clientes da TAP foram expostos na 'dark web', no seguimento de um ciberataque, sendo que, a provar-se a negligência, a companhia aérea poderá ter de coimas e indemnizações, considera a DECO Proteste.
"Se a CNPD [Comissão Nacional de Proteção de Dados] concluir que houve más práticas ou algum tipo de negligência, a TAP poderá vir a ser responsabilizada com coimas elevadas para as grandes empresas, como é o caso: as coimas situam-se entre os 2500 e os 20 000 000 euros, ou nos 4% do volume de negócios anual, consoante o que for mais elevado", revela a DECO Proteste.
E mais: "Os titulares dos dados têm direito a solicitar indemnização à empresa ou nos tribunais nacionais competentes pelos danos sofridos, se ficar provado que a TAP não respeitou a lei de proteção de dados, e, por outro lado, que o titular dos dados sofreu danos de natureza patrimonial e/ou não patrimonial".
De acordo com a DECO Proteste, é aconselhável que os clientes da TAP tenham alguns cuidados, nomeadamente "alterar as passwords que usa para aceder a estes sites".
Além disso, "caso use os mesmos dados de autenticação nos serviços da TAP noutras contas ou serviços online, deve alterar a palavra-passe".
Os dados pessoais dos clientes da TAP divulgados pelo grupo de cibercriminosos Ragnar Locker, que atacou a companhia aérea em agostos, vão do nome, morada, 'e-mail', data de nascimento até data de registo e número de passageiro.
"Lamentavelmente, queremos informar que as categorias de dados pessoais de clientes TAP divulgadas consistem nas seguintes: nome, nacionalidade, sexo, data de nascimento, morada, e-mail, contacto telefónico, data de registo de cliente e número de passageiro frequente", adiantou a TAP em comunicado.
A companhia aérea indicou que a informação divulgada relativamente a cada cliente pode variar, reiterando que "não há indícios de que dados de pagamento tenham sido exfiltrados dos sistemas".
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