As novas medidas anunciadas pelo governo britânico, relativamente ao corte de impostos, "provavelmente vão aumentar a desigualdade", alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI), que não recomenda medidas não direcionadas no momento atual.
O Governo britânico confirmou, na semana passada, uma série de cortes nos impostos para tentar estimular a economia e deixar para trás um "ciclo de estagnação" numa altura em que o país sofre com a inflação e está prestes a entrar em recessão.
Num comunicado citado pela CNBC, o FMI alerta, contudo, que "não recomenda pacotes fiscais grandes e não direcionados neste momento".
O ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, confirmou que vai manter em 19% o imposto sobre as empresas [equivalente ao Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, IRC), em vez de aumentar para 25% como estava previsto.
Para abril de 2023, o início do ano fiscal no Reino Unido, o Governo pretende também abolir o escalão mais alto do imposto sobre os rendimentos (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, IRS) de 45%, passando os contribuintes mais ricos a pagar apenas 40%, e o escalão mais baixo vai descer de 20% para 19%.
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