O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, sublinhou, esta quarta-feira, que o Governo está a realizar uma "revolução" no transporte ferroviário, depois de vários anos de desinvestimento neste setor.
"Depois de décadas de desinvestimento, de encerramento de linhas e de prioridade à rodovia e ao transporte individual, que nos trouxeram uma enorme dependência do automóvel, não consigo mesmo usar outra palavra para descrever o que estamos a fazer: revolução", disse o ministro, na apresentação da nova linha de alta velocidade entre Lisboa e o Porto.
"Esta revolução teve um primeiro momento de recuperação e estabilização. Era preciso travar a queda", explicou o ministro das Infraestruturas, elencando alguns dos passos já realizados pelo Governo na ferrovia. "Os resultados estão aí", disse o ministro, reiterando que há já carruagens recuperadas a circular.
"Esta transformação começa pela forma como vemos o transporte ferroviário numa sociedade moderna. O que todos desejamos e aquilo para que trabalhamos é para que mais pessoas escolham o transporte coletivo e deixem o carro em casa. O comboio é a peça central de qualquer rede de transportes coletivos", acrescentou, sublinhando que é preciso dar "confiança" às pessoas.
O Governo apresentou, esta quarta-feira, o traçado e desenvolvimento da linha ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e o Porto. No âmbito deste projeto, o Executivo divulgou um conjunto de nove perguntas e respostas. Porque é necessária uma nova linha ferroviária entre o Porto e Lisboa? Quanto vai custar e quando estará pronta? Quanto vão custar os bilhetes? Esclareça aqui as suas dúvidas.
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