Trabalhadores das empresas de distribuição em greve na 6.ª-feira

Os trabalhadores das empresas de distribuição vão estar em greve esta sexta-feira, reivindicando o aumento dos salários, horários que permitam conciliar a vida profissional e familiar e o fim da precariedade.

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Lusa
29/09/2022 15:00 ‧ 29/09/2022 por Lusa

Economia

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"O CESP [Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal] e os trabalhadores exigem o aumento dos salários, horários de trabalho que permitam conciliação da vida pessoal e familiar com a vida profissional, sem banco de horas, e o fim da precariedade do setor", indicou, em comunicado, a estrutura sindical.

Assim, estes trabalhadores vão realizar, esta sexta-feira, um dia de greve, com piquetes e concentrações de Norte a Sul.

Para Braga, Porto, Leiria, Santarém, Lisboa e Algarve estão agendados vários piquetes de greve.

Já para Aveiro está agendada uma contração dos trabalhadores das empresas de distribuição junto ao largo da estação de comboios, enquanto em Setúbal está prevista uma concentração no Almada Fórum.

No documento hoje divulgado, o CESP vincou que os trabalhadores das empresas de distribuição continuam sem ter a revisão do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), culpabilizando a associação patronal, "que insiste na chantagem" de só negociar se o sindicato aceitar introduzir o banco de horas no contrato.

O sindicato garantiu que os trabalhadores não vão aceitar normas que levem ao aumento da carga horária e à destabilização dos tempos de trabalho e de vida.

Por outro lado, conforme assinalou, os salários são baixos e não existe valorização das carreiras.

"[...] Em contrapartida, o lucro das principais empresas do setor tem subido significativamente", apontou.

A isto acrescem ritmos de trabalho "intensos", numa altura em que existem menos trabalhadores nas lojas e armazéns, verificando-se, de acordo com o sindicato, "sucessivas alterações aos mapas de horários, sem conhecimento ou autorização dos trabalhadores implicados".

Para o CESP, os patrões querem trabalhadores "sempre disponíveis para trabalhar", uma revisão da tabela com "salários miseráveis" e a desvalorização das carreiras profissionais.

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