Uma análise da DECO Proteste, divulgada esta segunda-feira, revela que quase todos os produtos (55 em 63) que compõem um cabaz de essencial de supermercado aumentaram de preço desde março.
"A análise, com início a 1 de março deste ano salienta a escalada do valor da pescada fresca e dos brócolos, que atingiu 67% e 47% respetivamente, e comprova o peso acentuado da fatura de supermercado", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Os dados da organização de defesa do consumidor revelam que a par da pescada fresca e dos brócolos, o aumento do custo nos supermercados online é "notório em muitos outros casos como a couve-coração e o óleo alimentar (ambos com 36% de subida), a batata vermelha (mais 33%), o frango inteiro (mais 30%), o bife de peru (mais 25%), os cereais de mel (mais 23%), as costeletas de porco (mais 20%) e as bifanas de porco (mais 18%)".
"Ao longo destes seis meses de avaliação, o preço do cabaz essencial tem aumentado em quase todas as semanas, sendo que em alguns produtos são notadas subidas de dois dígitos de uma semana para a outra", diz Ana Guerreiro, porta-voz da DECO Proteste, citada na mesma nota. "Este é um momento de difícil gestão para o orçamento familiar dos portugueses e prevê-se um agravamento da situação nos tempos próximos", acrescenta.
Por outro lado, só oito produtos mantiveram o preço ou até desceram face ao registado a 1 de março de 2022, como é o caso do sal grosso e dos cereais de fibra: "O sal manteve-se estável naquele período, enquanto os cereais oscilaram. Em contracorrente, alguns produtos baixaram de preço. A curgete é o exemplo mais expressivo, registando a maior descida (23%). Passou de 2,21 para 1,71 euros por quilo. Na curta lista, seguem-se as ervilhas congeladas (-7%), a perca (-4%), o iogurte líquido (-2%) e o pão de forma (-1%)", pode ler-se.
O cabaz essencial que serve de base para esta análise é composto por 63 alimentos - inclui produtos de mercearia, laticínios, carne, peixe, fruta, legumes e congelados - e tem sido analisado todas as quartas-feiras, com base nos preços recolhidos no dia anterior.
Leia Também: Salários dos professores portugueses subiram metade da média da OCDE