TAP: SINTAC defende "revisão profunda" da política de carros de serviço

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) considerou hoje que suspender a aquisição de 50 carros para altos cargos da TAP foi a "atitude certa" e defendeu uma "revisão profunda" da política de atribuição de viaturas de serviço.

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Lusa
07/10/2022 13:49 ‧ 07/10/2022 por Lusa

Economia

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Em comunicado, o sindicato considerou que a administração da TAP tomou a "atitude certa", quando, "face ao grande coro de críticas", "decidiu suspender a aquisição das 50 (79?) viaturas BMW, cujo valor rondaria os quatro milhões de euros".

"Numa altura em que estão a ocorrer cortes salariais nos vencimentos dos trabalhadores e a empresa continua com problemas financeiros e face ao atual momento uma aquisição destas é e seria um ato de irracionalidade", apontou o SINTAC.

Neste sentido, o sindicato exortou a empresa a proceder a "uma revisão profunda da política de atribuição de viaturas de serviço".

"Esperamos e desejamos uma TAP sólida e com futuro e, assim, caberá ao Governo controlar esta administração, que só parece estar interessada em mordomias, ignorando os sacrifícios dos trabalhadores", afirmou o sindicato, acrescentando que "nunca" poderia aceitar "estes devaneios de uma administração que não tem em conta os sacrifícios dos trabalhadores".

O SINTAC criticou ainda a anunciada mudança da TAP para o Parque das Nações, zona nobre da cidade de Lisboa, "por estar alinhada com a escolha de viaturas do segmento 'premium', e cujos custos desta deslocalização, onde se inclui a perda do infantário, do refeitório e do estacionamento, irão recair mais uma vez sobre os mesmos, os trabalhadores".

Em causa está a notícia avançada pela TVI/CNN Portugal e pelo portal Away, na quarta-feira, de que a TAP encomendou uma nova frota de automóveis BMW para a administração e gestores, substituindo os da Peugeot.

A notícia avançava que seriam 79 viaturas, mas a TAP esclareceu que se tratava de 50 viaturas para diretores e administradores da companhia aérea.

Na quinta-feira, após a polémica ter levado o Presidente da República a apontar à companhia aérea portuguesa "um problema de bom-senso", defendendo contenção em tempos difíceis, a Comissão Executiva da TAP informou, em comunicado, que vai procurar manter a atual frota automóvel pelo período máximo de um ano, por compreender o "sentimento geral dos portugueses".

"A Comissão Executiva da TAP compreende o sentimento geral dos portugueses e, apesar da decisão que tomou quanto à frota automóvel ser a menos onerosa para a Companhia nas atuais condições de mercado, a TAP procurará manter a atual frota durante um período máximo de um ano, enquanto reavalia a política de mobilidade da empresa", lê-se na nota enviada à comunicação social.

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